postado em 08/12/2012 10:33
Símbolo máximo da celebração, os champanhes e os espumantes estão entre as bebidas ideais para serem saboreadas nesta época do ano. Natal e réveillon pedem sofisticação, requinte e, claro, pratos deliciosos. Para tanto, os chefs de cave da Mo;t Chandon, Chandon e Veuve Cliqcuot falam sobre suas bebidas e dão dicas de como melhor aproveitar essas verdadeiras joias líquidas.Os especialistas explicam que é preciso ficar atento ao frescor e à suavidade das bebidas, que precisam combinar com o peru, o chester, as castanhas e as frutas secas, sabores também marcantes de dezembro. Para tirar melhor proveito dos champanhes e espumantes, Philippe Mevel, diretor de Enologia da Chandon, aconselha que a bebida seja consumida gelada. Se for servida na praia ou na piscina, a sugestão é oferecer como um ;welcome drink;, com uma pedra de gelo. ;Recomendamos especialmente em dias muito quentes, como acontece durante o verão;, afirma.
O especialista explica que o balde é a melhor opção para que as garrafas sejam resfriadas. Deve-se encher a metade com gelo e a outra metade com água, e deixar a garrafa dentro do recipiente durante 30 minutos. Dessa forma, ela vai gelar uniformemente. A geladeira também pode ser usada, mas é bom evitar o freezer. ;Após quatro horas, atingirá a temperatura ideal;, garante Mevel. Todas essas técnicas resfriam a bebida a uma temperatura em torno de 2;C a 4;C. Após ser servida na taça, ela fica na faixa de 5;C a 8;C, temperatura ideal para uma degustação prazerosa.
Dominique Dermaville, da Veuve Cliqcuot, alerta que as opções brut, geralmente mais frescas, harmonizam com peixes, frutos do mar, sushis e sashimis. Suaves, os rosés combinam com salmão, massas e também sobremesas não muito doces à base de frutas vermelhas. ;Aqueles com toques sutis de especiarias doces, como canela, cravo e caramelo, garantem um paladar estruturado, combinação perfeita para camarão, lagosta, aves e castanhas;, diz.
Se a escolha for feita a partir das uvas, Mevel explica que as bebidas elaboradas com as uvas riesling itálico, chardonnay e pinot noir são ideais para serem servidas com peixes e frutos do mar. Quando a combinação dessas frutas resultam em uma bebida mais adocicada, elas ficam bem com aves e massas com molhos mais gordurosos, à base de manteiga, creme de leite ou de queijo. Aquelas que usam pinot noir e uvas aromáticas, como moscato manelli e malvasia de cândia, acompanham bem frutas, massas com molhos variados e até como finalização da refeição com sobremesas e sorvetes à base de frutas tropicais, como manga ou maracujá.
O ano todo
Acabadas as festas, nada de ficar esperado 12 meses para voltar a apreciar espumantes e champanhes. De acordo com Dominique Dermaville, da Veuve Cliqcuot, o mercado de luxo em alta tem modificado os hábitos do consumo dessas bebidas no Brasil, criando ;uma expectativa de crescimento favorável para as próximas safras;.
Philippe Mevel concorda. Antigamente, o consumo estava restrito apenas às festas de fim de ano. Agora, as bebidas estão em baladas, refeições harmonizadas e até mesmo na praia. ;Cada variedade produzida tem características que agradam aos diferentes paladares, adequados para consumo em qualquer período do ano. Pela refrescância, é perfeitamente adequado ao clima quente do Brasil;, conta.
Pensando nessa tendência, Beno;t Gouez, da Mo;t & Chandon, conta que a empresa francesa criou uma variedade da bebida para ser saboreada com gelo. ;Também podem ser adicionados ao drinque folhas de hortelã, zest de lima, grapefruit, gengibre ou frutas vermelhas;, descreve. Lançada no Brasil, a versão teve bastante aceitação.
Seguindo a tendência, a Chandon desenvolveu bebidas ideais ao paladar dos brasileiros. ;Para serem consumidos em condições de clima quente, os espumantes têm boa acidez, que confere frescor, leveza e toques frutados, deixando a bebida fácil de ser degustada e combinando com a alegria de viver dos brasileiros;, explica Mevel. Nesse espírito, alguns exemplares foram criados com forte expressão aromática de frutas tropicais, uma sedutora refrescância em harmonia com leves toques de doçura que enaltecem a sensação de frutas na boca.
No Brasil, Dermaville acredita que o consumo do champagne não pode ser equiparado ao da cerveja, visto a diferença de preço, somada ao hábito já muito arraigado do brasileiro em consumi-la. Por isso, a ideia é criar momentos especiais em que o espumante possa ser escolhido, como as balada e o dia de praia. ;Além, é claro, de oferecer em restaurantes a opção de tomar em taça para acompanhar uma refeição;, completa.
Destaque internacional
Há espumantes produzidos no Brasil com condições para competir no mercado internacional. Pelos resultados obtidos em degustações realizadas por associações e confrarias de enófilos e em concursos internacionais, acredita-se que a produção nacional tem condições de conquistar o segundo lugar de melhor bebida no mundo, perdendo apenas para as francesas. O mercado local de espumantes finos produz 24 milhões de garrafas, sendo que 30% delas são importadas.
Sirva com perfeição
; Coloque a garrafa em um balde, cubra com cubos de gelo e, em seguida, com água
; Seque a garrafa
com uma toalha
; Retire, com cuidado,
a fita do lacre
; Solte a mordaça sem
retirá-la, segurando a
rolha com o polegar
; Gire a garrafa, não a rolha, segurando a sua base. Deixe
a rolha sair suavemente com um leve ruído ou estouro
; Sirva uma pequena quantidade para que os convidados degustem o champanhe
; Encha a taça até a altura
de dois terços
; Recoloque a garrafa no
balde de gelo com a marca plenamente visível