Devem haver várias formas de se contar a história cultural do Distrito Federal nas últimas décadas. É sempre possível recuperar um registro fotográfico ou rever o que já foi narrado em livro. Recorrer à memória alheia é uma boa pedida também, já que são vários os seus personagens. Em uma sala de 100m; localizada no prédio do Arquivo Público do DF (ArPDF), há algumas peças que certamente ajudam a detalhar esse quebra-cabeça gigante. Escondidos em mapotecas, cerca de 4,5 mil cartazes produzidos entre os anos de 1970 e 1990 esperam a hora de virem à luz e darem sua contribuição para recontar a aventura das artes em Brasília. Desse acervo, herdado da extinta Fundação Cultural, cerca de 1,1 mil papéis são relativos à música.
O material foi transferido para o Arquivo Público em 1998, e só agora, devidamente identificado, começa a ser digitalizado. Peças teatrais, exposições, filmes, feiras literárias e projetos diversos ; está tudo lá. A ideia é que os arquivos possam ser pesquisados virtualmente por quem se interessar, em uma máquina instalada na própria instituição. Dessa forma, evita-se o contato excessivo com os papéis e a sua conservação fica garantida. ;O arquivo digital serve também para termos uma cópia de segurança de cada um deles;, ressalta o coordenador de arquivo histórico do ArPDF, Wilson Vieira Júnior.