A Bidê ou Balde nunca deixou de tocar e intimar o público a cantar junto hits como Mesmo que mude e Melissa. Para o azar dos fãs, não trazia novidades havia oito anos, desde o último trabalho de inéditas, É preciso dar vazão aos sentimentos. ;A gente estava há um bom tempo com as músicas na mão;, informa o vocalista Carlinhos Carneiro. A razão para tanta demora? Fazer do novo álbum, o bastante protelado Eles são assim. E assim por diante, um pacote de canções cristalinas, prontas para invadir o repertório nos shows da banda. ;Resolvemos experimentar bastante em cima delas. Gravamos não só em separado, mas também pedaços de músicas separados. Só estrofe, só refrão, só introdução, para que na hora de mixar a gente pudesse brincar com os formatos das músicas e reencontrá-las;, continua. O grupo levou praticamente um ano gravando e mixando, até lapidar as canções como gostaria.
A guinada da nova fase de Carneiro, Vivi Peçaibes, Leandro Sá e Rodrigo Pilla envolve uma constatação recente: a de que, sim, estão mais velhos ; 14 anos desde a primeira formação ; e precisam se renovar. Petardos como %2bQ1 amigo e Lucinha evidenciam que a Bidê ainda é a Bidê ; a banda pop roqueira por excelência da cena independente ;, mas há algo de leve, relaxado e pensativo em Eles são assim. Carneiro explica: ;As letras são diferentes. Algumas até podem parecer mais sérias, mas todas têm o nosso humor e acidez. Apesar disso, não é aquela coisa clássica de entrevista de banda, de dizer que ;estamos mais maduros;;, despista o cantor.