Diversão e Arte

Em biografia, ator Reynaldo Gianecchini fala da vida e da carreira

postado em 26/12/2012 08:05

Nem todo autor se encanta pelo retratado quando o assunto é uma biografia de encomenda. Mas é nítido que Guilherme Fiuza está fascinado pela figura de Reynaldo Gianecchini, personagem principal do livro Giane ; Vida, arte e luta, lançamento da editora Sextante. ;Eu não sabia nada sobre ele e não o conhecia pessoalmente. Era quase um marciano;, brinca Fiuza, escritor da história do ator nascido em Birigui (SP). ;Ele continua sendo um pouco o mito, o cara que virou o exemplo de superação, de força, fé, verdade e humildade. Só que ele é muito mais interessante do que isso, tem momentos em que fraqueja, quer morrer. Não é um super-homem;, elogia.

Para costurar esse enredo, Fiuza (também autor de Meu nome não é Johnny, biografia de João Guilherme Estrella, e Bussunda ; A vida do Casseta) analisa como fundamental a falta de conhecimento de uma das figuras televisivas mais conhecidas do país. ;Eu não estava contaminado por nenhum dos boatos. O que me interessava não era o Giane da usina de fofoca, mas o personagem que eu não conhecia;, complementa.

Leia um trecho de Giane - Vida, arte e luta

"A movimentação no oitavo andar do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, indicava urgência. Um vaivém repentino de enfermeiras agitadas, transparecendo certo nervosismo, prenunciava o provável atendimento a algum paciente grave ; que logo surgiu no corredor. Mas não estava de maca nem acompanhado por médicos.
O paciente que provocava o alvoroço entre as enfermeiras estava ótimo. Caminhava sozinho, cumprimentando a todos com um dos sorrisos mais famosos do Brasil.
Em passos firmes, corpo atlético precariamente coberto pela roupa hospitalar, o ator Reynaldo Gianecchini se deslocava em direção ao elevador com amplo apoio da equipe de enfermagem. Eram várias moças de branco para apontar-lhe o caminho, ampará-lo, perguntar- lhe se estava tudo bem mesmo, chamar o elevador, esperar o elevador. Seu destino era o segundo andar do hospital, onde ficava a sala dos aparelhos de ginástica. Jamais se vira ali tanta mobilização da enfermaria com um paciente que estivesse indo malhar."

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