postado em 30/12/2012 08:00
Quando um cantor sobe ao palco e encara a plateia, espera-se que ele seja ;a voz;. Não que timbre, entonação e pureza vocal não sejam critérios importantes. Mas, a eles, soma-se um outro aspecto que nem sempre ganha o mesmo destaque: a mensagem, o significado do que se interpreta. No caso dos cantores líricos, a necessidade de se expressar traduz-se em uma medida obrigatória (e árdua): é preciso entender a lógica, e de preferência, dominar, diversos idiomas. Enrolar não vale. ;Para vencer no mercado nacional e internacional, é preciso investir nesse lado (o de novas línguas). É uma peneira mesmo;, conta Janette Dornellas, anos de dedicação aos palcos e ao ensino dos cantos lírico e popular.Leia mais notícias em Diversão e Arte
;Se duas pessoas estão participando de um concurso e as notas estão próximas, são essas filigranas que fazem a diferença;, revela Elizabeth Catapano, professora de fonética, pronúncia e dicção da Escola de Música de Brasília (EMB), responsável pelo ensino de línguas na instituição. Janette, hoje versada em francês, italiano, inglês, espanhol e alemão, sabia disso e, desde cedo, investiu nessa formação eclética. Decidiu começar pela língua germânica, que considerava a mais difícil, mas se surpreendeu com a facilidade que encontrou . Complicado mesmo, diz ela, foi assimilar as regras do francês. ;Há muitas vogais abertas, semivogais e sons nasais que são diferentes dos nossos;, conta.