Uma crônica escrita por Danuza Leão causou grande burburinho na internet, recentemente. No texto, intitulado Ser especial, ela discorria sobre a banalização de privilégios antes restritos aos ricos. ;Ir a Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?;, indagava. Alguns leitores enxergaram ali arrogância e preconceito. Sete dias depois, Danuza tratou de se desculpar: ;Falei sobre o porteiro como poderia ter falado sobre qualquer pessoa que faz parte dessa multidão que passa a vida indo atrás do que ouviu dizer que está ;in;, o que para mim é apenas impossível. Lamento, foi um exemplo infeliz;, escreveu.
Não foi a primeira vez que as elocubrações de Danuza Leão causaram discordâncias, mas a cronista confessa que nem sempre se dá ao trabalho de prestar esclarecimentos sobre o que escreve. ;Prefiro não tomar muito conhecimento, e como não tuíto nem uso o Facebook, nem é tão dificil assim;, afirma, em entrevista ao Correio, via e-mail. Ela reconhece que isso é parte do ofício de quem expressa opiniões publicamente: ;Como eu sempre disse e fiz o que quis, sempre me expus, estou acostumada;, afirma.