Na cabeça, os indefectíveis chapéus de palha, no estilo cowboy. Os cintos são adornados pelas grandes fivelas de metal, e nos pés, nem adianta procurar: as botas são onipresentes. E com salto, para bater no tablado do palco e dançar catira. Assim se apresentam os entusiastas da Folia de Reis no Distrito Federal. A festa religiosa que mistura profano e sagrado ganhou contornos urbanos: nem sempre há caminhada pelo mato, pouso na casa da vizinhança e aquela comilança típica. Mas dança, música e religiosidade, tem sim senhor.
Pensando em quem mantém suas raízes interioranas vivas na alma, foi criado o Circuito de Folias de Reis, que, pela primeira vez, propôs uma festança itinerante, passando por nove cidades do DF. O encerramento é hoje, a partir de 20h, na Igrejinha da Praça da Matriz, em Planaltina, cidade que pode ser considerada o epicentro dessa tradição por aqui. O violeiro Roberto Corrêa e a dupla Zé Mulato e Cassiano animam a festança.