Tudo em Downton Abbey é feito para prender a atenção do telespectador. Embora a trama seja um clássico e previsível vaivém de amores pautados por heranças, hierarquias e posições sociais, há algo de mágico na reconstituição de época, nos figurinos do início do século e na dinâmica social representada pelos personagens de diferentes classes sociais. Assim como há algo de inédito na série criada pela TV britânica ITV. Essa é a primeira vez que uma série europeia de época, centrada na história de personagens aristocráticos praticamente extintos, consegue projeção internacional. Com audiências de respeito (11 milhões de telespectadores na Inglaterra), veiculação em mais de 100 países, um Globo de Ouro em 2012 e um lote de seis Emmys em 2011, Downton Abbey foi criada para ter apenas uma temporada, mas chega à terceira com boas chances de se tornar febre nas televisões do mundo inteiro.
Comprada pela Globosat e com estreia da primeira temporada prevista para abril no canal GNT, a série inglesa revisita uma época marcada por profundas mudanças no estilo de vida da aristocracia e da sociedade britânicas no século 20. A história gira em torno da família do conde Crawley, pai de três moças que vive o drama de não ter filhos homens, e o risco de ver seu castelo, o Downton do título, acabar nas mãos de um parente distante e inadequado. Nessa situação, as decisões da arrogante Lady Mary, a filha mais velha que herdará o dinheiro, mas não o título da família, caso não se case com o homem certo, são peças estratégicas de um jogo perigoso.