Se você pegar um cantor como Gusttavo Lima e comparar a sonoridade de suas canções com a de alguma dupla caipira das antigas, é possível que não encontre nenhuma semelhança. Se a pauta for o visual adotado por esses artistas, os pontos comuns serão ainda mais remotos. É claro que o grande intervalo de tempo entre um e outro propiciou diferenças estruturais básicas, como a temática das músicas e a instrumentação usada nos arranjos. Então, o que ainda avaliza que esses dois universos possam ser colocados dentro do mesmo balaio, o do sertanejo?
No recém-lançado livro De caipira a universitário ; A história do sucesso da música sertaneja (Matriz Editora, 248 páginas), o redator publicitário Edvan Antunes, goiano radicado em São Paulo há 15 anos, acompanha cronologicamente a evolução do gênero. O autor abre mão do olhar crítico sobre as mudanças para investigar a questão mercadológica, que faz com que o estilo seja um dos mais populares no país há vários anos. ;A pretensão da música sertaneja sempre foi o entretenimento. É cultura de massa;, acredita Antunes.
