Numa mesa de canto, quatro homens adultos, sentados espertamente perto do caixa ; e, portanto, no campo de visão do garçom ;, gesticulam enquanto falam, cutucam um ao outro e riem por qualquer coisa. Num cenário familiar ; a lanchonete favorita do shopping Conjunto Nacional ;, eles devoram quibes, dão goles em sucos de laranja ou refrigerantes de cola e conversam animadamente sobre o barulho feito no novo CD, chamado simplesmente Galinha Preta, talvez porque agora, em 2013, mais de uma década após o começo de tudo ; e exatos 10 anos após a chegada de Frango Kaos, o vocalista ; eles saibam exatamente o que querem, sem pressão de um ou de outro, dor de cabeça ou estresse: tocar, e só. ;Banda é assim: um casamentinho;, diz Frango, com um tufo de cabelo saindo debaixo do boné.
;Tem que manter ele mesmo dando trabalho, perdendo grana, colocando grana. A gente se mantém em velocidade de cruzeiro, lança nossos discos, faz nossos shows. Mas, se esticar demais, a gente se f;;, explica Ricardo G. Silva. O ;G; é de Gonzalez ou Gonzaga (ideia do pai), mas pouco importa. Ninguém o conhece assim: ele, 37 anos, é técnico de som, diretor de palco, mora no P Sul, em Ceilândia, e é também o sujeito irreverente, brincalhão e autor de ironias certeiras, o Frango Kaos do Galinha Preta, a banda de hardcore e punk rock mais querida de Brasília.
Assista abaixo ao vídeo de Ratoburger
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