postado em 29/01/2013 09:21
O cineasta Carlos Diegues diz não se apegar a miradas feitas pelo retrovisor. A vontade de não agir como um revisionista permeou a concepção de Bye bye, Brasil ; o clássico dirigido por ele em 1979, sobre a caravana de artistas mambembe, Rolidei, num Brasil em mutação. ;Queria falar das mudanças no país. Não só na atmosfera civil, na vida, na sociedade, mas também uma transformação profunda na natureza cultural, no estômago e no coração do Brasil, numa época em que coexistiam o arcaico e o moderno;, declarou à época.
Embora recuse olhar para trás, Diegues não conseguiu escapar da revisão de sua obra ao completar 50 anos de carreira em 2012. De hoje a domingo, Brasília fica diante dessa obra na mostra , no Museu dos Correios. São 18 longas e 5 curtas. Cacá, o cinético, registrou movimentações brasileiras, imbuído por um sentimento de justiça racial e social. Amanhã, ele participará de um debate amanhã, às 20h15, no Museu dos Correios.
O movimento está também nos road movies que o alagoano, criado no Rio de Janeiro, dirigiu ao longo da carreira ;Adoro a estrutura dramatúrgica do road movie. Tudo que se passa nas margens é tão importante quanto o que ocorre no leito da estrada;, revolve o cineasta sobre três títulos especificamente: o já citado Bye bye Brasil, Deus é brasileiro e Um trem para as estrelas.
Veja trechos de filmes de Cacá
Deus é brasileiro
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Bye bye, Brasil
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