O anfitrião da mostra Cacá Diegues ; Cineasta do Brasil recebeu amigos e admiradores para um debate promovido na última quarta-feira. O cineasta alagoano, radicado no Rio de Janeiro, aos 72 anos, veio para a capital matar as saudades de companheiros, como o documentarista Vladimir Carvalho, e reencontrar a professora Silvia Oroz, pesquisadora da obra de Diegues. O encontro também serviu para rever parceiros antigos, como diretor de fotografia Fernando Duarte.
Depois de receber uma dose extra de elogios feitos pelos convivas, Cacá Diegues desmentiu algumas das afirmações dos amigos. ;Não sou propriamente um cineasta otimista, sou o cineasta da esperança. Se a gente quer muito uma coisa, ela pode acontecer;, definiu. ;Não faço filme para ensinar, faço para aprender. Sou movido por muitas dúvidas;, desconversou sobre a ideia de ser tratado como um guru. Durante o encontro, o diretor de Bye bye Brasil e Deus é brasileiro falou sobre temas variados. A mostra segue em cartaz até o próximo domingo no Museu dos Correios (Setor Comercial Sul).
CINEMA NOVO
;Sempre fui cinéfilo, sempre gostei de cinema. Na adolescência eu assistia aos filmes, fazia as fichas técnicas e escrevia críticas. Não pensava em ser cineasta ainda. No Brasil, naquela época, pensar em fazer cinema era tão impossível quanto um paraguaio sonhar em ser astronauta. Nos cineclubes, encontrei jovens que tinham o mesmo interesse. Foi quando o cineasta nasceu. Quando ouço falar de Glauber Rocha, Leon Hirszman e Joaquim Pedro de Andrade, sinto saudades imensas. São as pessoas mais importantes da minha vida.