Diversão e Arte

Livros parecidos com Cinquenta tons de cinza tem literatura feminina atual

Escritoras que não leram o best-seller conseguem escrever de forma popular, leve e picante

Nahima Maciel
postado em 06/02/2013 07:45

Mara Altman é autora de Esse tal de orgasmo - Uma jovem mulher em busca do prazerNenhuma delas leu Cinquenta tons de cinza, mas todas se aventuram pelos meandros da chick lit, termo usado no mercado norte-americano para designar um tipo de literatura muito popular que combina escrita leve e rápida com histórias de mulheres modernas e seus relacionamentos. Carmem Reid, Mara Altman, Sylvia Day e Martha Mendonça sabem que um livro com ingredientes picantes, algum romance e uma perspectiva feminina têm boas chances de atingir o topo das listas de mais vendidos de grandes jornais e revistas, uma colocação que equivale à medalha de ouro no mundo competitivo dos best-sellers.

Não há Christian Gray nem homens ricos e superprotetores em As joias de Manhattan, mas a vontade de ter a vida do galã de Cinquenta tons de cinza é o que leva uma das irmãs Jewel a optar pelo roubo em uma Nova York, onde ter tudo nunca é suficiente. O livro é um exemplar típico do gênero. ;O bom chick lit é uma história que entretenha e fale com a mulher de hoje. Precisa ter algo a ver com as vidas que vivemos hoje, precisa haver sentimentos verdadeiros e emoção, mas também é preciso haver humor e graça. Espero que As joias de Manhattan combine todos esses ingredientes. Adoro as duas personagens mais velhas. Elas são puro humor perverso;, explica Carmen Reid, especialista nesse tipo de literatura e autora das séries Annie Valentine e Secrets at St Jude;s, inéditas no Brasil.

Para a história das irmãs ambiciosas, Reid se inspirou na imaginação da própria filha. Na época com 7 anos, a menina escreveu algumas linhas sobre amigas que decidem roubar uma joalheria. "Não conseguia parar de pensar sobre isso; Por que as garotas roubariam uma joalheria? O que roubariam? Será que elas escapariam com tudo isso?;. A autora não leu Cinquenta tons de cinza porque se sentiu muito incomodada com a vulnerabilidade da personagem. "Não gosto da ideia de uma heroína ser tão dominada e usada por um homem. Gosto que minhas heroínas sejam fortes e independentes. Mas acho que muitos leitores adoram a fantasia de Cinderela, de Cinquenta tons de cinza."

Escritoras que não leram o best-seller conseguem escrever de forma popular, leve e picante

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