Em cada uma das 31 regiões administrativas do Distrito Federal podemos encontrar talentos das mais variadas artes. Nem todos, no entanto, contam com a estrutura física necessária para produzir, promover e divulgar as habilidades. Acabam recorrendo à cidade vizinha ou ao Plano Piloto. Cerca de 1/3 das cidades do DF não possui qualquer espaço cultural público ou privado, provocando um longo lastro de artistas e público carentes de arte. Os teatros são escassos. Algumas regiões contam apenas com galpões ou locais improvisados para tentar atender parte da demanda.
Itapoã conseguiu estruturar uma área em desuso para oferecer cultura para a população. A iniciativa é resultado da união de forças da administração e da própria comunidade. Santa Maria conta apenas com um galpão cultural. Brazlândia, Vicente Pires e Jardim Botânico, por exemplo, não possuem uma única sala pública. O inverso é bem menos recorrente. Casos como o do Guará, onde há o Arco da Cultura, um teatro principal e a Casa da Cultura (a ser reaberta em maio), são improváveis.
No que depender do governo, o panorama atual não deverá sofrer grandes alterações. O diretor de mídia da Secretaria de Cultura do DF, Sandro Santos, afirmou não conhecer qualquer projeto que viabilize a construção de novas áreas. Revelou apenas a intenção de revitalizar espaços deteriorados, como o Polo de Cinema, ;assim como fizemos com o Catetinho;. Esclareceu, porém, que a maior parte dos espaços públicos são de responsabilidade das administrações regionais.