Agência France-Presse
postado em 09/02/2013 17:34
Berlim - "The necessary death of Charlie Countryman", o primeiro longa metragem do sueco Fredrik de Bond indicado ao Urso de Ouro, reserva uma bela surpresa na Berlinale, com um thriller de início explosivo e louco, que se desenrola em Bucareste.O protagonista é Charlie, um americano romântico, interpretado por Shia LaBeouf, novo queridinho de Hollywood, esperado no tapete vermelho nesta noite.
Ao seu lado, a americana Evan Rachel Wood, uma violoncelista intrigante, a sexy dinamarquesa Mads Mikkelsen e o alemão Til Schweiger no papel de mafioso cruel e o britânico Rupert Grint.
A maioria dos atores, que interpretam romenos, falam inglês com um forte sotaque do leste europeu neste filme a ser lançado nos Estados Unidos "no verão ou no outono de 2013", de acordo com seu diretor.
Entre realidade e alucinações, este filme mistura todos os gêneros com uma trilha sonora de ritmo frenético, juntando a loucura dos filmes de Quentin Tarantino com os de Emir Kusturica: muita violência e humor e uma série de personagens malucos e constantemente em ação.
Com a morte de sua mãe, Charlie, um jovem romântico sem propósito ou ambição, troca os Estados Unidos por Bucareste, seguindo uma ordem dada pelo fantasma de sua mãe, sem dizer o motivo. O que se segue é uma viagem louca, cheia de encontros e coincidências, violência e perseguições de carro. Ele se apaixona perdidamente por Gabi (Evan Rachel Wood), "propriedade" de um gângster muito desagradável (Mads Mikkelsen).
Fredrik Bond, que começou sua carreira produzindo vídeos e filmes comerciais para o cinema, explicou à imprensa a escolha de Bucareste, "pouco explorada nos filmes", para sua "história na Europa, seus cães errantes nas ruas e pessoas difíceis, diretas e adoráveis, bem como para passar a imagem dos personagens de seus protagonistas, quebrados" por suas vidas.
O filme também se inspira em "sua juventude, viagens de pesquisa e reuniões" e trata de uma história de amor "no sentido inverso, em que um homem mostra um monte de amor e devoção a uma mulher dura e difícil de conquistar".
Um narrador (John Hurt) pontua por observações, em off, o extraordinário destino que aguarda Charlie, contribuindo, de acordo com o diretor, com uma "atmosfera de lenda ou conto que acompanha a sua sensibilidade".