A história começa atrás de um balcão da Video Archives, em Manhattan Beach, na ensolarada Califórnia dos anos 1980. Um funcionário da videolocadora tratava as fitas VHS como objetos de valor incomensurável, dedicando horas e horas a memorizar todo tipo de informação relativa aos filmes e ao cinema. O interesse fetichista, típico de nerds fechados em fantasias mirabolantes. Com 59 anos, Quentin Tarantino parece carregar o mesmo adolescente, dono de um cérebro enciclopédico, contendo descrições de filmes inteiros e canções obscuras.
Na infância, o filho de pais divorciados, nascido no Tenesse em 1963, dedicava o período da tarde a assistir à televisão e ler revistas de literatura pulp (de baixa qualidade). Vêm dessa mistura a polpa da arte de Tarantino, um encontro entre artes toscas e o refinamento da nouvelle-vague francesa. Tarantino, o meio-termo entre a alta e a baixa cultura, é um rosto reconhecido no show business, sempre disposto a alimentar o mito.
Assista aos trailers dos filmes Bastardos Inglórios e Django Livre:
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