Nahima Maciel
postado em 16/02/2013 10:50
A regra é tornar qualquer rosto uma expressão do glamour e fazer da fotografia uma experiência. Instalado em um hotel particular no triângulo mais luxuoso de Paris, aquele em que os grandes bulevares se cruzam e ditam moda, o Estúdio Harcourt é uma instituição que faz parte do luxo francês tanto quanto o foie gras e o vinho. Fundado em 1934 e consagrado à produção de retratos de personalidades da arte, da política e da vida intelectual, o Harcourt possui um arquivo de 8 milhões de negativos com os quais é possível contar parte da história da França. De Edith Piaf a Jean Dujardin, o estúdio, fundado por Cosette Harcourt, Robert Ricci e os irmãos Lacroix, fotografou mais de 700 mil pessoas, entre elas cerca de 1.500 personalidades, uma coleção que hoje integra o acervo da Reunião dos Museus Nacionais da França, instituto que abriga os mais importantes acervos do país. A partir de 1; de março, o público brasiliense poderá conhecer parte da coleção na exposição Harcourt ; Escultor da luz, que ocupará o Museu Nacional com um lote de 111 retratos realizados ao longo das últimas oito décadas.Personalidades
As fotografias Harcourt são uma tradição entre as celebridades e envolvem um conceito de retrato que pode parecer datado e antigo, mas cuja filosofia está em fazer um registro atemporal e etéreo. No Brasil, a exposição conta ainda com retratos de personalidades brasileiras. Algumas delas foram fotografadas ao longo de anos, caso de Paulo Coelho, outras foram convidadas em 2012 para posar no Rio de Janeiro, quando a equipe do Harcourt visitou a cidade para realizar as imagens de um calendário da L;Oréal. ;Quisemos fazer uma ponte cultural entre os dois países;, explica Francis Dagnan, presidente do estúdio. ;Fazemos retratos clássicos, na linha dos pintores clássicos e da estátua grega. Essa exposição foi escolhida levando em conta a notoriedade de certas pessoas no Brasil.;
Harcourt, escultor da luz
Exposição de 111 retratos de celebridades. Visitação de 1; de março a 7 de abril, de terça a domingo, das 9h às 18h30, no Museu Nacional da República.