Uma viagem para percorrer o caminho de Santiago de Compostela acendeu uma luz na cabeça de José Matias-Pereira. Professor do curso de contabilidade da Universidade de Brasília (UnB), especializado em administração pública, Matias decidiu que iria escrever um livro sobre a busca pelo sentido da vida. Sensibilizado pela peregrinação, ele começou a imaginar como um intelectual viveria uma crise existencial e a que tipo de reflexão isso poderia levá-lo. Assim nasceu Mateus, um professor universitário intrigado com os próprios sentimentos e disposto a mergulhar em uma busca dolorida e perigosa.
Quando começou a escrever O voo da águia real, Matias também embrenhou por um universo novo e desconhecido. Para elaborar um romance, a experiência adquirida com os livros técnicos de administração poderia não ser muito útil. ;Essa incursão no campo do romance foi muito assustadora;, conta o autor. ;Por ser pesquisador, fiquei pensando: será que serei suficientemente mediano como romancista? Porque no campo da administração pública sou o autor mais vendido.; A surpresa veio com a segunda edição do livro, publicado pela editora paulista Livro novo. Matias acredita que a universalidade do tema ; a busca por um sentido para a vida ; atrai os leitores.
