Diversão e Arte

Apresentador Seth MacFarlane teve a ingrata missão de apresentar o Oscar

Num show com invólucro retrô, ele era a promessa de jovialidade na cerimônia

Ricardo Daehn
postado em 26/02/2013 07:03

Num show com invólucro retrô, ele era a promessa de jovialidade na cerimônia

Na corda bamba, o apresentador Seth MacFarlane teve a ingrata missão de conjugar tradição ; em termos de embalagem para a festa do Oscar ; com a verve natural de afiada grosseria. Como num mix mais apimentado do apresentador do Globo de Ouro Ricky Gervais (da telessérie The Office) e com faceta antiquada do colega Billy Cristal (anfitrião por muitas vezes), MacFarlane transformou o show em arena para espectadores pro e contra o desempenho dele. ;Proferiu coisas que poderiam levá-lo à cadeia;, destacou artigo da Fox News, em termos de repercussão. Ex-apresentador da festa, Steve Martin usou o Twitter para elogiá-lo.

Num show com invólucro retrô ; com direito a Catherina Zeta-Jones quase num repeteco da performance que já data uma década, e aos atores de Os miseráveis quase empalhados, noutro momento musical ;, Seth era a promessa de jovialidade. Correspondeu mais, a princípio, em termos de azedume: ridicularizou personalidades como Rihana e Chris Brown (por causa do tumultuado relacionamento, à la Django livre); deu pontapé inicial, com fantoches espirrando cocaína e cometeu (com a voz treinada pelo mesmo preparador de Frank Sinatra), no palco, a imprópria musiquinha em torno do desfile de ;peitos;, no cinema, acanhando atrizes como Naomi Watts, Helen Hunt e Kate Winslet.


O confesso admirador de Woody Allen perdeu a linha, e, por muitos momentos, pecou pelo excesso ;de autorreferência;, discriminou o jornal USA Today. Num dos mais constrangedores números musicais da história do prêmio, Seth convocou a atriz e candinha de primeira (pelas frivolidades no tapete vermelho) Kristin Chenoweth para debochar dos perdedores da noite. Tendo à mão, piadas já embalsamadas de tão velhas, o apresentador pisou no caso dos intérpretes de ;sexy; apelo latino ; ;a gente não entende nada do que falam;, gracejou (?) antes da entrada de Salma Hayek ;, tendo como alvos ainda Javier Barden e Penélope Cruz. Piadas circundando poliomielite, estavam no leque do entusiasta de entretenimento da Broadway, que levou 16 minutos para começar o show.

Num show com invólucro retrô, ele era a promessa de jovialidade na cerimônia

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