Justin Timberlake continua surpreendendo. Após anunciar que está preparando novo álbum ;The 20/20 experience;, ele sacia a sede dos fãs ávidos com toda parcimônia possível, ;vazando; uma música (;Mirrors;) em um momento e dias depois divulgando o videoclipe de ;Suit & tie;. Agora soltou uma declaração que pode confundir e assustar, mas não é bem assim.
Para quem esperava que o ícone pop fosse flertar com o rock clássico, com canções longas cheias de solos e improvisos, isto não é (totalmente) verdade, para alívío de quem curte o pop elaborado do cantor e (também) para os roqueiros que torcem o nariz para ele, deste os tempos de N;Sync.
Em entrevista para a rádio britânica ;Capital;, Justin avisou que seu novo trabalho terá influência, de fato, das bandas clássicas, não no estilo musical, mas na duração das canções. ;Se o Pink Floyd, o Queen e o Led Zeppelin puderam fazer músicas de dez minutos de duração, por que não podemos?;, questionou. E empurrou a questão para as rádios, de forma irônica: ;agora vamos ver como as rádios vão editar;.
Na mesma entrevista, ao teorizar sobre suas composições, o cantor citou Bob Dylan como ;um dos maiores ídolos;, que como fã Justin disse que "Dylan começou a criar músicas que o faziam se sentir como outra pessoa e é exatamente isso que quero fazer", completou.
Contradição
Justin Timberlake já compôs músicas longas. Um exemplo é ;What goes around... Comes around;, canção de ;FutureSex / LoveSounds; (2006), que possuía quase sete minutos e meio de duração, com seu videoclipe se aproximando dos dez minutos. E sim, as rádios souberam editá-lo, cortando mais de dois minutos da canção.
Se o artista está com memória curta, tomara que ao menos se lembre da fórmula que o consagrou escrevendo grandes pérolas pop. É aguardar para ouvir o novo álbum, prometido para dia 15 de março. E que terá longos 70 minutos de duração.