Diversão e Arte

Filmagens de Mad Max 4 são acusadas de causar danos em deserto da Namíbia

O filme, dirigido pelo australiano George Miller, conta com a atriz sul-africana Charlize Theron no elenco e foi rodado entre julho e dezembro de 2012

Agência France-Presse
postado em 04/03/2013 18:07
Windhoek - Ecologistas e profissionais do turismo na Namíbia acusaram as filmagens da quarta sequência de Mad Max, "Fury Road" (Estrada da Fúria, em tradução literal), de prejudicar zonas protegidas no deserto da Namíbia em 2012, destruições que foram confirmadas por um documento ao qual a AFP teve acesso nesta segunda-feira (4/3).

O filme, dirigido pelo australiano George Miller, conta com a atriz sul-africana Charlize Theron no elenco e foi rodado entre julho e dezembro de 2012 em uma região do deserto da Namíbia, recentemente transformada no Parque Nacional de Dorob. "Deixaram rastros em zonas virgens e, uma vez inclusive, me impediram de passear com visitantes em uma zona turística já que estavam gravando", reclamou Tommy Collard, um operador turístico com sede em Swakopmund, no oeste da Namíbia.

"O pior é que a equipe de filmagem tentou apagar os vestígios jogando redes em cima (da areia) e arrancando plantas", disse Collard, acrescentando que pequenos animais como lagartos ou camaleões, e vegetais como uma rara espécie de cacto, sofreram durante as filmagens. A autoridade independente de Conservação e Gestão da Costa de Namíbia (NACOMA) encomendou um estudo que foi entregue em dezembro ao ministério namíbio de Turismo.



"Sim, zonas do deserto da Namíbia foram destruídas", confirmou o autor do documento, Jon Henschel. "As permissões e autorizações ambientais fornecidas pelo ministério do Meio Ambiente para o projeto Mad Max não eram o suficientemente precisas para delimitar a gestão de respeito ao meio ambiente", diz o documento.

A Comissão Namíbia do Cinema (NFP) reagiu com a compra de uma página de publicidade no jornal do governo ;New Era; para "negar as acusações" referidas às filmagens de Mad Max 4.

A comissão culpou a mídia local de publicar supostas "inverdades" e por querer manchar a reputação do país. O ministério do Meio Ambiente divulgou ainda um comunicado que expressa sua satisfação pela forma que a equipe do longa realizou a reabilitação do set de filmagens.

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