Era uma vez uma nação cansada da definição da moradia no ;país do futuro;, e que, sistematicamente, vem alinhavando uma trama com cara de final feliz. No meio desse grupo de brasileiros, o cineasta Carlos Nascimbeni estendeu o olhar, pronto para embarcar em jornada proposta pela produtora Mônica Monteiro: como meta, voltou-se para a promissora realidade africana, com o vislumbre do potencial dos parentes que tiveram antepassados ligados à constituição do povo brasileiro. ;É um tema que está no momento. Esta situação da África em mudança vai surpreender o mundo nos próximos anos, mas é algo que já toca muitas pessoas;, observa Nascimbeni, ao promover o resultado final das 15 horas de filmagens extracontinentais: o longa-metragem Mulheres africanas ; A rede invisível, que chega aos cinemas nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher.
;O filme foi construído enquanto era feito: as mulheres são o pretexto;, demarca o diretor, entusiasmado, ao abordar as qualidades das cinco ilustres entrevistadas: as vencedoras de prêmios Nobel, Leymah Gbowee (paz) e Nadine Gordimer (literatura); a ex primeira-ministra de Moçambique Luísa Diogo; Graça Machel, ativista casada com Nelson Mandela; e a empresária Sara Masasi. ;Não conhecia nada da África, tendo uma ideia completamente romântica ;, aquela dos selvagens, das tribos. Desci e, já no trajeto do aeroporto, fiquei chocado, em pane. Moçambique, por exemplo, parecia o interior do Nordeste que conheço superbem;, comenta o realizador. A visita in loco afastou as noções prévias, sustentadas no tripé genocídio, doença e fome que, ;claro, existem;.
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