Nahima Maciel
postado em 15/03/2013 08:08
Impossível olhar para a foto de Edith Piaf, solitária e pequenina no meio do quadro, iluminada por uma luz suspensa e vestida de negro sem pensar na imagem como o emblema de uma época e de uma cultura. Ou se deparar com os três retratos de Jeanne Moreau sem pensar imediatamente na atriz de voz grave e personalidade forte. É para um imaginário no qual glamour e personalidade são igualmente importantes que a exposição Harcourt ; Escultor da luz pretende transportar o visitante. As 111 fotografias expostas no saguão do auditório do Museu Nacional da República contam a história de uma tradição fotográfica que atravessou as últimas oito décadas com a intenção de registrar os rostos mais importantes da cena artística, intelectual e política da França.
Realizada como parte da programação da 16; Semana da Francofonia, a exposição também inclui retratos de artistas brasileiros feitos no ano passado no Rio de Janeiro, quando o Harcourt montou um estúdio para fotografar os globais para um calendário da L;Oréal. Pendurados logo na entrada da exposição, os retratos recebem os visitantes com a função de fazer uma introdução familiar para o que vem a seguir, nem sempre familiar para o público brasileiro.