;É filme para casal;, definiu o estudante Frederico Fernandes de Faria, 21 anos, à saída da sessão de Dezesseis luas, candidato a amenizar a orfandade dos fãs de Crepúsculo. ;Me enganaram muito, com a história da ação e aventura que vendem;, observou, ao se dar conta de se tratar de mais um exemplar dos ;romances inconvenientes para os não humanos, como zumbis e lobisomens, que gostam de humanos;. Até agora, o público brasiliense superou a marca de 14 mil para o filme exibido em seis cinemas e que, extraído de uma tetralogia literária criada por Margaret Stohl e Kami Garcia, conta o drama de amor entre Ethan (Alden Ehreinrich) e Lena (Alice Englert), herdeira de família de feiticeiros. Estudante de ciências da computação, Frederico ; que costuma editar vídeos ;, ao menos, viu qualidade nos efeitos especiais da fita comandada por Richard LaGravenese.
Reforçando a tese de Frederico ; ;é uma tendência esse tipo de filme, que deu certo para o público-alvo; ;, a mãe dele, a empresária Wanda, 50 anos, gostou da aventura. ;Vai virar um Crepúsculo. Com certeza, eu viria ver a continuação desses ;filmes mentirosos; que amo. Não sei se noutra encarnação fui vampira;, brincou Wanda, desatenta à assinatura de Stephenie Meyer (leia abaixo) nos romances literários que deram base ao filão. Ofuscado apenas pela estreia de Oz, mágico e poderoso, nos dados de bilheteria de fim de semana, Dezesseis luas já acumula mais de 640 mil espectadores, em duas semanas de sessões. Resultado tido como satisfatório para a distribuidora que usou 430 salas para a plataforma inicial de lançamento.
Popularidade
Longe da unanimidade ; tal qual a trilha de Crepúsculo, filme a que tem sido comparado ;, Dezesseis luas segue uma carreira discreta em relação ao estrondo prometido. Nem a metade dos US$ 60 milhões de investimento foi recuperada nas bilheterias norte-americanas. Em Brasília, o filme permanece em cartaz em seis salas e, por enquanto, atraiu mais de 14 mil interessados. Entre eles, a administradora Débora Veloso que, alheia ao enredo, sabia tratar-se apenas de um romance.
Sozinha, ela Débora conferiu o filme, depois de descobri-lo pelo facebook. "Gostei muito do filme e achei bem parecido com Crepúsculo, principalmente, por causa da história de amor, que, impossível, é entre pessoas de realidades absolutamente diferentes", comentou. Diante da possível de uma continuação, ela reforça o interesse. Engatilhado no gosto, A hospedeira, com estreia em breve, já está na lista, diante do gosto pelas obras de Stephenie Meyer (autora da saga Crepúsculo).
Na poltrona da sala de Dezesseis luas, apenas pela insistência da mulher (a professora Laís Fernandes), o estudante Guilherme Magalhães, 29 anos, assistiu ao trailer e achou que o filme fosse prender mais. "Gosto mais do gênero policial; não desses filmes muito melancólicos, bem ;sessão da tarde;. Acho que poderia ser mais dinâmico. Preferi, nessa linha, o Crepúsculo, por ser mais animado e ter mais história, apesar de também ser de romance", argumentou o estudante.
Aos 30 anos, a professora Laís Fernandes pouco se entusiasmou. "Comprei gato por lebre: não levei nenhum sustinho que fosse", brincou. Para recomendar a alguém, só se fosse para os alunos adolescentes. "É um filme legal, para relaxar. Para casal, é bacana. É um filme bem adolescente, bem infantil", observou. Admiradora dos suspenses de Agatha Christie e Stephen King, ela admite que viu Crepúsculo, mas não arriscaria num Dezesseis luas 2. "O trailer é sensacional, com energia e ação. Mas, parece que colocaram todas as cenas de ação nele. Me decepcionei. Achei que teria mais ação e menos romance", concluiu.