Os Beatles não gravaram uma versão de Asa branca em inglês, como anunciou-se aos quatro ventos na segunda metade da década de 1960 no Brasil. Era lenda. Mas não precisou que isso acontecesse para que o som do quarteto britânico aterrissasse com força no país. Onde quer que houvesse um jovem e um rádio naquela época (ou talvez um aparelho de tevê), a probabilidade era grande de o encontro gerar combustão. ;As repercussões, profundas, tinham a ver com liberdade, comportamento e sonoridade;, opina o musicólogo Ricardo Cravo Albin. Em terras brasileiras, essa repercussão pôde ser sentida com mais ênfase na jovem guarda de Roberto Carlos e companhia, paralelamente à febre dos Beatles em todo o mundo. Mais tarde, contudo, correntes como o tropicalismo e o Clube da Esquina também se valeram de artifícios musicais do quarteto.
Renato Barros orgulha-se de estar à frente, segundo seus cálculos, da ;banda de rock mais antiga do mundo em atividade;. Quando os Beatles chegaram aos ouvidos dos brasileiros, em 1964, o grupo Renato e seus Blue Caps já existia desde 1959, com uma sonoridade calcada em Elvis Presley e outros crooners do rock and roll. O conjunto brasileiro chegou à música dos Beatles por Carlos Imperial, apresentador de programas de tevê no Rio de Janeiro e influente produtor.
Ouça versões de Caetano Veloso, Elis Regina, Roberto Carlos, Milton Nascimento e Renato e Seus Blue Caps para canções dos Beatles:
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