Fotógrafo e historiador, João Paulo Barbosa não esconde seu encantamento com a Antártida. Em 2011, ele esteve no continente para registrar imagens, a convite da Marinha, e decidiu repetir a dose, em um formato de viagem mais livre. Em janeiro, alugou um veleiro francês (igual ao do navegador Amyr Klink) e partiu com mais cinco amigos. A intenção de todos era praticar esportes ao ar livre, fotografar e fazer arte de todas as formas possíveis. O mais jovem do grupo, o multiartista Gabriel Marx, 23 anos, levou até seu espetáculo de mágica, equilibrismo e ilusionismo para lá, realizando o primeiro espetáculo de circo de que se tem notícia por aquelas terras geladas.
O grupo voou para Ushuaia, na Argentina, e de lá, enfrentou três dias de barco, até alcançar a costa continental, praticamente inabitada, à exceção de militares e profissionais em serviço temporário. Durante 28 dias, rodaram por diferentes lugares, enfrentando temperaturas que chegaram a 10 graus negativos. Além dos seis amigos, o navio contava com a tripulação: uma família de cinco integrantes, responsável pela navegação, organização do barco e pela comida, que inclui até iguarias brasileiras.