Com um recorde de audiência que chega a quase 12 milhões de espectadores por episódio, a série de televisão, Game of Thrones vem passando na frente de todos os programas de TV a cabo dos Estados Unidos. A terceira temoporada da série, vai estrear este domingo às 21h, no canal pago, HBO.
O programa foi inspirado na coleção de livros do autor George R. R. Martin, intitulada As Crônicas de Gelo e Fogo (do original A Song of Ice and Fire). O primeiro livro da série foi lançado em 1996, mas só chegou ao Brasil em 2010, pela Editora LeYa. Nesse meio tempo, a produção televisiva já estava em andamento, e sua primeira temporada saiu em abril de 2011.
[SAIBAMAIS]A HBO, que tem um histórico de críticas positivas pela qualidade das suas produções, ganhou a aprovação dos fãs da série de livros, que ficaram felizes com a fidelidade que o canal manteve na adaptação da obra do Martin. Logo na primeira temporada, a série alcançou uma média de audiência de 8,9 milhões de espectadores por episódio.
O grande mistério é saber porquê um programa que exibe cenas de sexo, nudez, violência e mal tratos a animais, crianças e idosos conquistou um público tão grande. Selecionamos as respostas mais comuns entre os espectadores da série e os fãs da obra de Martin:
1. HBO faz um trabalho melhor que qualquer outra emissora americana de TV
Se há uma coisa que a HBO faz melhor que ninguém, é produzir séries dramáticas: Band of Brothers, The Sopranos, The Wire, Oz, Deadwood, John Adams, Six Feet Under, True Blood. Essa lista só dá um gostinho superficial do que é a produção do canal americano quando o assunto é produção de drama para as telinhas.
2. A história é contagiante
Condizente com uma série extremamente popular, os livros são embalados por capítulos que certamente terminará em um cliffhangers (recurso de roteiro utilizado, em ficção, para expor um personagem a uma situação limite, como um dilema ou o confronto com uma revelação surpreendente, geralmente utilizado para prender o expectador e manter a audiência). É difícil encontrar algum fã que não tenha chorado a morte de um personagem querido ou a surpresa de um acontecimento indesejado e de princípio, impossível.
3. O elenco foi escolhido a dedo
Game of Thrones gira em torno de várias histórias, e por isso mesmo, não há um protagonista fixo. Até porque, qualquer um pode morrer a qualquer hora. Sean Bean, o Boromir de O Senhor dos Anéis é um dos personagens que têm destaque na trama. Além dele, o Rei Robert Baratheon é interpretado por Mark Eddy, que já foi o Fred Flintstone nos cinemas. Um dos membros mais marcantes da família Lannister, está a Rainha Cersei, interpretada por Lena Headey, que viveu a Rainha Gorgo no épico 300. E pra finalizar, ainda há o anão Tyrion Lannister, que com certeza é um dos personagens mais irreverentes e inteligentes da série. Interpretado por Peter Dinklage, que ganhou o Emmy 2011 de melhor autor coadjvante pelo seu papel, Tyrion ganha autencidade com a personalidade do artista.
4. A série ganhou um orçamento adequado
Com estimativas de quase 60 milhões de dólares para 10 episódios, espera-se ver coisas grandes em uma tela pequena. Enquanto o orçamento de GoT é considerado médio para uma série de grande produção como essa, o fato da HBO ter liberado tanto dinheiro, mostra que o canal tem confiança no sucesso do show. O dinheiro está sendo bem gasto no figurino, no elenco e, principalmente, nos efeitos especiais.
5. Fantasia fantástica é o novo preto
Depois do estouro de Crepúsculo e de programas como Vampire Diaries e True Blood, finalmente vamos poder parar de falar sobre vampiros. Brigas de espadas e escudos estão em alta e Game of Thrones está na vanguarda de ser tanto uma das melhores séries de fantasia, bem como um dos melhores dramas dos últimos anos.
6. Magia, dragões e outras coisas
Senhor dos Anéis ou até mesmo Harry Potter não passa nem perto da magia sutil que é a de Game of Thrones. Você não vai encontrar ninguém agitando varinha, mas o mistério dos "Outros" e dos ovos de dragões da princesa Khaleesi. A trama gira em torno desses dois mistérios e envolve o telespectador até o final da segunda temporada, encerrando em grande estilo e deixando o gostinho de quero mais para a terceira parte da trama.
7. Fidelidade a obra de George R. R. Martin
A série não é uma cópia do livro, mas ainda assim, consegue começar o primeiro episódio exatamente como o primeiro capítulo, e terminar a primeira temporada como as últimas páginas do livro. A fidelidade à obra de George foi seguida à risca. O entendimento completo das histórias e do porquê de tanta guerra, só é possível com uma leitura aprofundada dos volumes da literatura. No entanto, o roteirista que acompanha Martin, David Benioff, vem fazendo um ótimo trabalho.