postado em 02/04/2013 13:10
Rio de Janeiro- A combinação de textos clássicos e contemporâneos com um bem acabado projeto gráfico renderam à editora brasileira Cosac Naify o maior prêmio de livros infantis do mundo. O anúncio foi feito na semana passada, na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália. Segundo a editora, a iniciativa reconhece a aposta na formação de leitores ;sensíveis à estética e críticos;.Recém-criado, o prêmio reconheceu editoras que se destacaram na categoria em diversas partes do mundo. A Cosac Naify, que competia com uma editora da Venezuela e três mexicanas, venceu no âmbito da América Latina, consagrando um trabalho que começou em 2004. A editora já tinha sido premiada com menção honrosa por vários de seus livros infantis nos últimos anos. Em 2012, das 101 obras publicadas pela editora, 30 eram títulos infantojuvenis.
De acordo com a diretora do núcleo infantojuvenil da empresa, Isabel Coelho o reconhecimento é resultado de um investimento contínuo ;na renovação da literatura infantil brasileira; e na parte gráfica, que é a marca da editora. Não fica de fora o cuidado na escolha de textos ;clássicos e contemporâneos em edições que convidam adultos e crianças à leitura;, disse Isabel em nota.
Sobre a chegada de livros em formato e-book (que podem ser lidos em computador) no Brasil, a diretora diz que vê com cautela. ;Ainda é muito incipiente;. Isabel reconhece, porém que a transposição da obra impressa para a digital virá em poucos anos. Para que a leitura não perca fôlego nesse tempo, ela defende se torne um ;hábito caseiro;, com suporte da família e da escola.
Ao reconhecer que a qualidade gráfica e as ilustrações de livros infantis melhoraram muito nos últimos anos, a organizadora da Flipinha, a versão infantil da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), Gabriela Gibrail defende que os pais não devem deixar de lado o conteúdo.
Na hora de escolher um livro infantil, ela sugere que procurarem o selo da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e de prêmios, como o Jabuti. ;Ler é o que vale;, diz ela, destacando que o livro é sempre uma porta de entrada para o universo da imaginação.