Nahima Maciel
postado em 08/04/2013 06:00
As histórias de crianças que sobreviveram ao Holocausto têm sempre uma carga de esperança. Se escapar ao inferno nazista na Europa das décadas de 1930 e 1940 era quase um milagre, sair de lá com uma perspectiva de futuro, quase impossível. Muitos dos sobreviventes levaram décadas para conseguir falar sobre o assunto e foi preciso anos para que o mundo descobrisse, detalhadamente, os horrores dos campos de concentração.
Voltar os olhares para as crianças é também pensar no futuro, por isso Carlos Reiss, curador do Museu do Holocausto de Curitiba, acredita que a exposição Tão somente crianças: infâncias roubadas no Holocausto pode ser também educativa.
Em cartaz no Salão Negro do Senado Federal, a mostra realizada pelo Museu do Holocausto da capital paranaense, o único dedicado ao tema no Brasil, traz para Brasília a história das crianças que sobreviveram ao genocídio praticado pelos nazistas e emigraram para o Brasil depois da Segunda Guerra.
Um total de 1,5 milhão de crianças judias morreram vítimas da Solução Final, o plano arquitetado por Heinrich Himmler para exterminar os judeus. Escolher as crianças como tema da primeira exposição itinerante do museu paranaense foi também uma maneira de levantar discussões em torno da infância e dos direitos dos pequenos.