O triplicar da procura por vagas acusa uma realidade diferente para a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, instalada no Rio de Janeiro, dada a demanda atual para a produção independente feita para a tevê. ;A gente começou justamente com uma oficina de roteiro. Num trabalho interdisciplinar, de quase dois anos, existe um afunilamento para especializações dos alunos como a da dedicação à área de roteiro. Os filmes dos estudantes são realizados, com direito a um exame final da direção, do roteiro e da direção de fotografia, entre outros quesitos;, explica a diretora Irene Ferraz, há 10 anos impulsionadora da Darcy Ribeiro.
O curso de roteiro implanta uma sistemática que simula inclusive situações a serem enfrentadas no mercado. ;A cada etapa de trabalho criamos estruturas para pitching profissional ; uma seleção tradicional destinada a escolha de projetos a serem desenvolvidos. Uma banca elege os melhores trabalhos e os roteiristas aprendem a vender o peixe. Eles incorporam a adrenalina que estará lá fora, no campo profissional;, explica Ferraz. A cada módulo, a diretora conta que perde alunos para o mercado, dada a carência de profissionais. De um grupo de 45 alunos, ao ano, um terço fica liberado do custo de investimento total de R$ 10 mil. São vagas reservadas a um trabalho social integrado a entidades como a Central Única das Favelas (Cufa).