Com as mais diversas bagagens, que vão da antropologia ao jornalismo, passando por experiências diretas com dramaturgia, os poucos roteiristas brasileiros, tradicionalmente, foram forjados no dia a dia, na prática. Longe de uma alquimia certeira para a descoberta da história perfeita, eles têm em comum a proposta de desvendar e interagir no campo da ficção e se embrenhar na mata fechada das motivações dos personagens que criam. Com o aumento da demanda e o pesado investimento em qualidade para enfrentar a concorrência de Hollywood, muitos profissionais (autodidatas ou não) buscam a especialização, ao mesmo tempo colaboram com centros formais de ensino da profissão.
Implantadas nos últimos 10 anos, instituições como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (RJ), a Academia Internacional de Cinema (SP) e o Senac paulistano (detido em pós-graduação) são espaços de debate e formação. Outros recorrem a parcerias com roteiristas estrangeiros, como é o caso da produção do longa nacional Flores raras, que trouxe o britânico Matthew Chapman para escrever a narrativa ao lado de Carolina Kotscho. Conheça abaixo quatro dos roteiristas brasileiros mais requisitados no mercado brasileiro.
A trama como foco
"O Brasil tem mania de não reconhecer seus talentos;
Luiz Bolognesi, roteirista
Malabarista emocional
"Minha experiência jornalística me ensinou a contar uma história;
Patrícia Andrade, roteirista
Por tentativas e acertos
"Ter um pouco de sorte ajuda, mas correr atrás e cavar oportunidades ajuda bem mais;
Marcos Bernstein, roteirista
Marco zero
"Se possível, entenda a motivação para contar a história escolhida;
Elena Soárez, roteirista