Filha única de uma espécie de padrinho do cinema independente, Samantha Fuller tem quase pronto um documentário sobre a vida do pai. A Fuller life ; uma brincadeira direta com o verbo ;full;, que significa inteiro, completo, e ;life; (vida) ; deve percorrer toda a trajetória de Samuel (1912-1997), dos tempos de jornalista à afirmação como cineasta rebelde, desobediente ao sistema de estúdio e narrador inquieto de tramas sobre violência e intolerância. O projeto foi bancado em parte por financiamento coletivo (via Kickstarter) e traz em seu registro tanto raridades de arquivo, encontradas no escritório do cineasta (chamado por ela de ;shack;, ou abrigo), quanto textos da autobiografia A third face, lidos por amigos (Wim Wenders, Mark Hamill, Monte Hellman) e admiradores (James Franco).
Samantha, 37 anos, não é cineasta, mas ajuda a preservar o acervo deixado pelo pai. Ela mantém um ateliê em Hollywood Hills, região montanhosa de Los Angeles, e lá desenvolve trabalhos com design em vidro e outros materiais. Divide a casa com a mãe, Christa, e a filha, Samira. ;Acredito no gene criativo, e não me sentiria viva se não tivesse abraçado o que faço;, diz ela. A artista viveu e estudou na França, período final da carreira de Samuel (entre 1984 e 1990). Mudou-se para Los Angeles em 1997. Em entrevista, ela compartilha o processo de finalização do filme e fala sobre o legado de identidade artística.
Assista ao trailer do documentário:
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