Halle Berry visitou o Rio de Janeiro, durante a semana, para divulgar seu novo filme, a produção independente Chamada de emergência. Ela interpreta uma telefonista a serviço da polícia de Los Angeles, que atende a ligação de uma adolescente sequestrada, vivida por Abigail Breslin. Na operação, a personagem Jordan Turner é confrontada com traumas do passado.
Talvez não por acaso, a primeira e única atriz afrodescendente a vencer o Oscar na categoria principal (por A última ceia), falou por telefone com o Correio. No papo, detalhou a preparação para o longa, reforçou equilíbrio que tenta manter entre projetos comerciais e alternativos e a vontade de, um dia, trabalhar com o diretor Darren Aronofsky. ;É um diretor que sempre amei, adoro a trilogia dele (Pi, Réquiem para um sonho e Fonte da vida). Faria qualquer coisa com ele, provavelmente;, disse a estrela de 46 anos, mãe de Nahla Ariela, de 5 anos, e grávida de três meses do segundo filho ; e o primeiro com o ator francês Olivier Martinez.
Você já fez vários papéis exigentes do ponto de vista físico (X-Men) e psicológico (Na companhia do medo). Em Chamada de emergência, vive uma telefonista que tenta salvar o dia falando ao telefone e olhando para um monitor. Como foi a preparação para o papel?
Passei muito tempo com telefonistas do 911 (número de emergência) em Los Angeles, ouvindo ligações enquanto eram atendidas, meio que sendo sombra deles, observando o que eles fazem dia e noite e como eles lidam com isso. Ouvi horas e horas e milhares de telefonemas gravados, que fazem parte de uma sessão de treinamento pela qual os operadores de fato passam. E, em primeiro lugar, me preparar para trabalhar ao telefone também foi um desafio. Sabe, nunca trabalhei num filme em que não tive um outro ator na minha frente, seus olhos, sua energia. E foi uma das razões porque quis fazer esse longa. Me deu a chance de fazer algo que nunca fiz antes.
Chamada lida diretamente com tensões da vida insegura nos grandes centros. Acha que fazer o filme foi tão emocionante quanto vê-lo?
Foi de fato emocionante fazê-lo. O filme é veloz. Quando começa, vai adiante e se desenvolve muito rapidamente. A filmagem também foi rápida, durou apenas 21 dias. É um longa de baixo orçamento, independente, não havia tanto dinheiro, então o tempo era primordial. Tínhamos que fazer as coisas uma vez, duas vezes se tivéssemos sorte, e seguir em frente para a próxima cena. A energia da filmagem foi tão frenética quanto o filme.
Assista ao trailer do filme Chamada de Emergência:
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