postado em 15/04/2013 07:20
Apesar de pertencer à turma de artistas nordestinos que invadiram a música popular brasileira nos anos 1970, a cantora cearense Amelinha acredita que sua carreira só começou realmente quando foi convidada por Vinicius de Moraes para acompanhá-lo em uma viagem, em 1975. ;Ele e Toquinho iam sempre a Punta del Este, no Uruguai, e me levaram para cantar com eles;, recorda, orgulhosa, aos 62 anos. ;Eu aprendi muito, principalmente sobre espontaneidade em cima do palco;. A amizade com o poetinha, cujo centenário será celebrado em 2013, rendeu uma homenagem a ela, a canção Ai quem me dera. Amelinha, contudo, não havia registrado a faixa ; uma das inúmeras parcerias de Vinicius e Toquinho ; até o ano passado, quando gravou o DVD Janelas do Brasil ao vivo, lançado agora.
;Ele fez a música e me ensinou a cantar, mas eu achava que não estava preparada. Eu não conseguia dar umas notas mais graves, que eu só atingi depois de mais velha;, explica a artista, que foi apresentada a Vinicius pelo amigo Fagner. ;Meus professores de canto diziam que as mulheres ganham alguns graves depois dos 40 anos;. A canção acabou sendo lançada por Clara Nunes, teve outras gravações e foi tema instrumental de novela. Amelinha aproveitou para relembrar a história no primeiro DVD de sua carreira fonográfica, registro ao vivo do CD Janelas do Brasil, de 2011, que encerrou o jejum de uma década sem que tivesse um disco publicado.
No projeto, além de levar para o palco as canções de 2011 (entre elas versões para músicas de Marcelo Jeneci e Chico César e de Beto Guedes e Ronaldo Bastos), a intérprete reaviva sua conexão com os conterrâneos cearenses (Belchior, Ednardo e Fagner) e exalta a confraria nordestina da qual faz parte (Alceu Valença, Zé Ramalho, Cátia de França, Robertinho do Recife e Fausto Nilo). E, já que o intuito era comemorar os anos de vida artística, Amelinha não poderia deixar de relembrar as canções que são imediatamente associadas à sua voz: Frevo mulher, Foi Deus quem fez você e Mulher nova, bonita e carinhosa.
No projeto, além de levar para o palco as canções de 2011 (entre elas versões para músicas de Marcelo Jeneci e Chico César e de Beto Guedes e Ronaldo Bastos), a intérprete reaviva sua conexão com os conterrâneos cearenses (Belchior, Ednardo e Fagner) e exalta a confraria nordestina da qual faz parte (Alceu Valença, Zé Ramalho, Cátia de França, Robertinho do Recife e Fausto Nilo). E, já que o intuito era comemorar os anos de vida artística, Amelinha não poderia deixar de relembrar as canções que são imediatamente associadas à sua voz: Frevo mulher, Foi Deus quem fez você e Mulher nova, bonita e carinhosa.