Se me chamar, ô sorte, novo disco de Wilson das Neves, é uma ponte entre o passado e o futuro do músico carioca que, nesse trabalho, atua novamente como intérprete. Baterista profissional desde 1954, Das Neves começou a batucar nos terreiros antes de chegar à escola de música pelas mãos de Edgard Nunes Rocca, o Bituca. E se foi a família que o levou para o candomblé ; e, consequentemente, para a música ; , é ela a principal homenageada do álbum.
;Não é para qualquer João/ Que eu passo meu instrumento/Ao meu pandeiro fiel/Dou trato, tenho afeição/Carrego para o Grande Hotel/Dou colo no avião/Mas se você pedir/Mas se você me seguir/Eu posso lhe dar a mão;, diz Samba para João, feita por Das Neves para o bisneto. ;Tive a graça de ser bisavô vivo e pedi ao Chico (Buarque) uma letra e ele fez essa obra-prima;, comenta o baterista-cantor, que há 31 anos toca na banda do autor de Roda viva.
Veja vídeo da música Ô Sorte, com Wilson das Neves e Emicida
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