Liana Sabo
postado em 18/04/2013 13:16
Belém ; Apesar de as livrarias locais não disporem de qualquer publicação gastronômica ; não há livros, guias nem revistas ;, Belém oferece, na prática, um curso completo do sabor amazônico. Em qualquer esquina, você degusta a comida da terra, sem estrangeirismos. Há pratos que têm hora marcada para serem consumidos, como o tacacá (caldo quente servido em cuias, misturado com goma de mandioca, jambu, camarão seco e pimenta-de-cheiro), que se bebe à tarde, logo após a chuva. Ele aquece a alma e alivia o calor pela forte transpiração que provoca.Todos os insumos da mesa paraense podem ser encontrados no mercado Ver-o-Peso, estrategicamente posicionado de frente para a Baía do Guajará, de onde chegam barcos carregados de açaí e de outros produtos da floresta. Toda a fartura vem pelo rio e sua importância já foi cantada em prosa e verso, como na poesia de Ruy Barata (1920-1990), poeta paraense que escreveu Este rio é minha rua.
A repórter viajou a convite do festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense