;Tenho um professor que diz que hula (linguagem baseada num canto) é vida. Houve um período em que nós, havaianos, perdíamos as tradições. Havia movimento para a imposição do inglês, ferramenta favorável aos negócios. A hula contempla mitologia, linguagem e danças. Faz as vezes de invólucro cultural;, explica a mestre (kumu) em danças Moanalani Beamer, recém-chegada ao Brasil. Com Jeff Peterson e Keola Beamer, por meio da associação American Voices, ela foi escolhida como uma das 12 embaixadoras culturais (entre mais de 300 inscritos) em tour internacional. Aulas especiais e apresentações musicais farão parte da rotina do trio, por três semanas, imerso num mix sociocultural, que inclui Brasília e outras sete cidades do Brasil.
Na capital, com acesso livre, o grupo se apresentará na Casa Thomas Jefferson da Asa Norte (hoje, às 20h, na 606) e no Pier 21 (amanhã, entre 16h e 18h). ;Queremos demonstrar a proximidade ancestral, comum ao Brasil, de ligação com a terra. As pessoas daqui respeitam o planeta. Em termos de energia, temos princípios similares;, acredita o violonista Jeff Peterson, também vindo do Mauí (a segunda maior ilha do Havaí). ;Nosso ritmo, geralmente, é pacífico e suave. Existe uma palavra que encampa este extremo relaxamento: mahe-mahe. Junto dos sambas do Brasil e a percussão daqui, acho que tudo se transformará numa rítmica força propulsora;, comenta o experiente músico, que já tocou com Eric Clapton.
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