Um campo de batalha armado recentemente nos bastidores da televisão a cabo brasileira foi vencido desde a promulgação da Lei n; 12.485, decretada em setembro de 2011. Entre muitas mudanças, a lei que ficou conhecida como Lei da TV Paga, reserva três horas e meia semanais na grade de programação de canais pagos para produções brasileiras, metade delas deve ser de origem independente. Relatório da Agência Nacional de Cinema (Ancine), divulgado em janeiro de 2013, durante a RioContentMarket, contabilizava seis meses da lei. Segundo dados da Ancine, o número de programas exibidos em 15 canais pulou de 56 programas para 273 em dezembro do ano passado.
Quase dois anos depois do decreto, o mercado ainda está se adequando à promessa de aquecimento contínuo trazida pela Lei da TV Paga. Ao analisar a movimentação do período desde que a nova legislação entrou em vigor, o presidente da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais, Paulo Roberto Schmidt, notou diferenças tímidas. ;O que a gente percebeu foi uma reciclagem do conteúdo que já existia. As tevês estão reprisando filmes nacionais para cumprir a cota de tela. Já significa alguma mudança, os títulos estrangeiros antes repetidos 20 vezes são menos constantes na grade de programação;, calcula.
;Nós todos estamos entendendo como um período de adaptação. Temos de produzir novos conteúdos para atender a demanda. Mas não adianta só criar a cota de tela. É preciso proporcionar recursos para incentivar a produção. Podemos atingir pelo menos 20% das grades de tevê por assinatura, as perspectivas são ótimas. Porém, a indústria precisa se preparar, reunir talentos e boa mão de obra com know-how e experiência;, adianta Schmidt, também sócio do Grupo Ink (reúne as produtoras Academia de Filmes e Margarida Filmes).
Confira o trailer de Rock Brasília
[VIDEO1]