postado em 12/05/2013 08:05
O cantor Lobão anda se surpreendendo com as reações geradas pelo lançamento do seu novo livro Manifesto do nada na Terra do Nunca, que chegou às lojas na semana passada. Na obra, Lobão atesta o ;estado de paralisia; que, segundo ele, assola o país. No decorrer das 248 páginas, o músico lança uma narrativa corrosiva sobre a política e a cultura contemporâneas, por um viés tragicômico (quase burlesco) e não economiza exemplos. Alguns se sentiram ofendidos e revidaram as acusações publicamente, provocando um barraco nas redes sociais.
A discussão mais intensa envolveu o rapper Mano Brown, que não curtiu saber que Lobão se referiu ao Racionais MCs como ;braço armado do PT;. Mano, vocalista do grupo, chegou a convocar o roqueiro para a briga por meio do Twitter. O convite foi endossado por Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso, que escreveu, em resposta ao rapper, na mesma rede social: ;Você segura o Lobão que vai ter fila para bater;. O assunto rendeu e pautou os internautas no decorrer do dia.
Mano faz parte da longa lista de adjetivados por Lobão. Roberto Carlos foi apelidado de ;múmia deprimida; e a presidente Dilma tachada como ;torturadora;. As alegações causaram manifestações de todos os setores, em apoio e em repúdio ao cantor.
Em conversa exclusiva com o Correio, Lobão não pareceu preocupado com as respostas: ;A patrulha que esperneia é muito menor. Em tamanho intelectual e em tamanho quantitativo;, provocou. Depois de vender 150 mil cópias da autobiografia 50 anos a mil, ele retorna à literatura mais polêmico do que nunca e convoca o leitor a descobrir se há mágica no absurdo.
Passe o mouse sobre a imagem e escute as declarações de Lobão: