Agência France-Presse
postado em 20/05/2013 14:33
Cannes - Muito esperado, mas evitado em Cannes, Guillaume Canet apresentou nesta segunda-feira (20/5) "Blood Ties", seu primeiro filme americano com Clive Owen e Marion Cotillard, thriller em forma de homenagem apoiado, mas desajeitado, no cinema dos anos 70.
A história tem início em 1974 em Nova York. Um mafioso, Chris (Clive Owen) é libertado após vários anos de prisão, e reencontra seu irmão policial, Frank (Billy Crudup). Mas Chris mergulha em sua vida passada, o que o separa novamente de seu irmão.
A partir desta trama, remake de um filme de Jacques Maillot, "Laços de sangue" (2008), no qual participou como ator, Guillaume Canet explora o lado dramático da relação entre os dois irmãos que tudo separ. Eles estão "acorrentados um ao outro", explicou em uma coletiva de imprensa.
Já Marion Cotillard interpreta uma prostituta viciada em drogas, enquanto Matthias Schoenaerts, que foi seu parceiro em "Ferrugem em osso", de Jacques Audiard, é um mafioso em busca de vingança. O filme também reúne a atriz hollywoodiana Mila Kunis e James Caan, conhecido por seu papel como "Sonny" Corleone, o irmão de Al Pacino em "O poderoso chefão", de 1972, dirigido por Francis Ford Coppola.
Co-escrito com o cineasta americano James Gray, em competição em Cannes com "The Immigrant", este quarto filme de Guillaume Canet, roteirista de "O meu ídolo", "Não conte a ninguém" e "Até a eternidade", é uma homenagem ao cinema americano dos anos 70, de William Friedkin, de "Conexão França", e a Martin Scorsese de "Caminhos perigosos".
Guillaume Canet ressalta este aspecto por si mesmo: "tinha o desejo de produzir um filme que me fizesse sonhar, assim como o cinema dos anos 70 americano, seja Cassavetes, os primeiros filmes de Scorsese, Sidney Lumet, Sam Peckinpah e Jerry Schatzberg, que é uma grande inspiração para mim".
Dificuldades durante as filmagens
Mas o sonho americano se revelou menos idílico que o previsto. Guillaume Canet conta que precisou enfrentar muitas dificuldades durante as filmagens, desde o abandono de Mark Wahlberg, que deveria fazer um dos dois papéis principais, até problemas de preparação e produção. "Eu vivi momentos realmente surreais, que nunca precisei enfrentar, mesmo em meu primeiro filme. Tudo era motivo de problema", declarou, revelando que chegou "a pensar em abandonar tudo".
Aguardado com grande curiosidade no Festival de Cannes, onde será exibido fora da competição, o filme de 2h24 não evita algumas armadilhas. Muitas vezes falta ritmo, e às vezes exagera no flerte com a sua referência cinematográfica, querendo homenageá-la, sem realmente renovar o gênero.
Enquanto alguns críticos franceses elogiaram o desempenho, "Blood Ties" tem sido recebido, no geral, com pouco entusiasmo. O jornal L;Express acredita que "Canet soube elevar seu nível de preparo", enquanto o Le Figaro saudou "um sucesso".
Mas para o jornal gratuito Metro, "Blood Ties é uma chatice sem fim", enquanto para a revista especializada Variety, o filme é "uma saga estéril". "Drama muito longo e lento", segundo o The Hollywood Reporter.
A história tem início em 1974 em Nova York. Um mafioso, Chris (Clive Owen) é libertado após vários anos de prisão, e reencontra seu irmão policial, Frank (Billy Crudup). Mas Chris mergulha em sua vida passada, o que o separa novamente de seu irmão.
A partir desta trama, remake de um filme de Jacques Maillot, "Laços de sangue" (2008), no qual participou como ator, Guillaume Canet explora o lado dramático da relação entre os dois irmãos que tudo separ. Eles estão "acorrentados um ao outro", explicou em uma coletiva de imprensa.
Já Marion Cotillard interpreta uma prostituta viciada em drogas, enquanto Matthias Schoenaerts, que foi seu parceiro em "Ferrugem em osso", de Jacques Audiard, é um mafioso em busca de vingança. O filme também reúne a atriz hollywoodiana Mila Kunis e James Caan, conhecido por seu papel como "Sonny" Corleone, o irmão de Al Pacino em "O poderoso chefão", de 1972, dirigido por Francis Ford Coppola.
Co-escrito com o cineasta americano James Gray, em competição em Cannes com "The Immigrant", este quarto filme de Guillaume Canet, roteirista de "O meu ídolo", "Não conte a ninguém" e "Até a eternidade", é uma homenagem ao cinema americano dos anos 70, de William Friedkin, de "Conexão França", e a Martin Scorsese de "Caminhos perigosos".
Guillaume Canet ressalta este aspecto por si mesmo: "tinha o desejo de produzir um filme que me fizesse sonhar, assim como o cinema dos anos 70 americano, seja Cassavetes, os primeiros filmes de Scorsese, Sidney Lumet, Sam Peckinpah e Jerry Schatzberg, que é uma grande inspiração para mim".
Dificuldades durante as filmagens
Mas o sonho americano se revelou menos idílico que o previsto. Guillaume Canet conta que precisou enfrentar muitas dificuldades durante as filmagens, desde o abandono de Mark Wahlberg, que deveria fazer um dos dois papéis principais, até problemas de preparação e produção. "Eu vivi momentos realmente surreais, que nunca precisei enfrentar, mesmo em meu primeiro filme. Tudo era motivo de problema", declarou, revelando que chegou "a pensar em abandonar tudo".
Aguardado com grande curiosidade no Festival de Cannes, onde será exibido fora da competição, o filme de 2h24 não evita algumas armadilhas. Muitas vezes falta ritmo, e às vezes exagera no flerte com a sua referência cinematográfica, querendo homenageá-la, sem realmente renovar o gênero.
Enquanto alguns críticos franceses elogiaram o desempenho, "Blood Ties" tem sido recebido, no geral, com pouco entusiasmo. O jornal L;Express acredita que "Canet soube elevar seu nível de preparo", enquanto o Le Figaro saudou "um sucesso".
Mas para o jornal gratuito Metro, "Blood Ties é uma chatice sem fim", enquanto para a revista especializada Variety, o filme é "uma saga estéril". "Drama muito longo e lento", segundo o The Hollywood Reporter.