Quem um dia imaginaria ver o Centro Cultural Banco do Brasil invadido por uma horda de zumbis? Uma oficina de maquiagens de efeitos especiais ministrada pelo cineasta capixaba Rodrigo Aragão, na última quinta-feira (16/5), como parte das atividades promovidas pela Mostra do Filme Livre (MFL), conseguiu um resultado de espantar. Sumidade em cinema trash no Brasil, Aragão acumula experiência de 20 anos elaborando maquiagens de zumbi, monstros marinhos e todo tipo de criatura assustadora. O professor usou como modelo o videografista Christian Caselli, um dos responsáveis pela MFL.
A primeira etapa da transformação de Caselli em um zumbi castigado começou pela base, formada por uma substância colante feita com gelatina sem sabor e glicerina. Os cabelos e metade do rosto de Caselli ficaram gosmentos. Foram adicionados papel, tinta e sangue feito com chocolate em pó, anilina e mel. Vinte minutos depois ;nascia; um autêntico morto-vivo, disposto a assustar crianças em visita ao centro. ;Eu estou ensinando técnicas de maquiagem com materiais fáceis de encontrar em casa. É uma introdução para a arte da maquiagem;, explica Aragão.
A casa onde cresceu o cineasta Rodrigo Aragão era a residência estranha da vizinhaça, em Guarapari, Espírito Santo. O pai de Aragão era mágico e dono da sala de cinema da cidade. Menino, o futuro diretor de cinema experimentava assustar as tias e as vizinhas improvisando maquiagens com itens encontrados na cozinha.
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