Diversão e Arte

Novo disco de Ligiana Costa, Floresta, tem ligação forte com o Maranhão

Parte dessa influência é causada pelo pai, o jornalista Celso Araújo, natural do estado, que assina algumas faixas do trabalho, inclusive em parceria com a filha

postado em 23/05/2013 09:09

Ligiana Costa elogia a produção de Letieres Leite:

Ligiana Costa saiu de Brasília há tempos. Mas a cidade, certamente, não saiu dela. O mosaico de influências que aportou na capital federal desde seu nascimento desaguou no trabalho da cantora e compositora ; evidenciado em seu recém-lançado segundo álbum, batizado de Floresta. ;Brasília é a síntese, onde tudo se encontra. E o disco abraça o Brasil;, diz ela, em entrevista ao Correio. O país aparece em diversos momentos, sim. Mas, com a bagagem de quem também viveu uma década na Europa, Ligiana tempera as canções com as mais diversas especiarias colhidas lá fora.

A multiplicidade de sons e gêneros é a marca de Floresta, com produção caprichada e precisa do maestro baiano Letieres Leite, o homem à frente da Orkestra Rumpilezz. À primeira audição, o balaio de texturas pode causar certo estranhamento. Mas, ao conhecer a trajetória e seguir os passos de Ligiana, a musicalidade incomum fica mais palatável. Na segunda percorrida pelas faixas, já é possível estar arrebatado. Rebuscamento e frescor dialogam com naturalidade.



A paulistana de 34 anos, que chegou à capital federal com poucos meses de vida, passou boa parte da vida na cidade. Saiu para estudar fora. Morou na Europa e, há quatro anos, está radicada na mesma São Paulo que a viu nascer, no bairro de Pinheiros. Estudou canto lírico na UnB e se especializou em música barroca e musicologia no exterior ; mais precisamente Holanda, Itália e França.

A ligação mais forte com a cultura brasileira explicitada no disco é com o Maranhão. Parte disso por causa do pai, o jornalista Celso Araújo, natural do estado. Ele assina algumas faixas do trabalho, inclusive em parceria com a filha. ;Ele é um referência literária e musical desde criança;, conta ela. A raiz maranhense aparece, ainda, na citação ao poeta Sousândrade e em uma faixa que ronda o bumba me boi. A avó paterna, Floresta Pires Araújo, a quem o CD é dedicado, também era natural do estado. ;Ele não tinha esse nome, mas ela foi se apossando. É um resgate dessa região e da energia ancestral.;

Ouça faixa do disco de Ligiana

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Parte dessa influência é causada pelo pai, o jornalista Celso Araújo, natural do estado, que assina algumas faixas do trabalho, inclusive em parceria com a filha

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