De tempos em tempos, o cinema norte-americano enfrenta os pilares de indústrias bilionárias, mesmo aquelas que se assemelham no quesito práticas predatórias aos grandes estúdios de
Hollywood. Em Terapia de risco ; anunciado como último filme do diretor Steven Soderbergh, que (calma) já voltou atrás na decisão de se aposentar ; revela os meandros da indústria farmacêutica naquele país. Construindo um thriller psicológico, o diretor de Sexo, mentiras e videotape (1989) exibe uma narrativa com camadas de aparência. E essas enganam mesmo.
A história começa quando encontramos a jovem designer Emily Taylor (Rooney Mara, em estupenda performance) em espera pela libertação do marido, Martin Taylor (Channing Tatum), preso há quatro anos. A esposa passa a apresentar sintomas de depressão. Chega a tentar suicídio, mas a tentativa é fracassada. Atendida pelo psicólogo Jonathan Banks (Jude Law), a paciente passa a ser tratada com um antidepressivo cujo efeito colateral é o sonambulismo. Inconscientemente, Emily é envolvida em um crime severo.
A partir daí, a narrativa de Terapia se desenrola como um novel partindo de um evento pontual para descortinar os bastidores da poderosa indústria farmacêutica nos Estados Unidos. Para melhor acompanhar o penúltimo filme de Sorderbergh é importante entender o raio de penetração de medicamentos potentes na sociedade americana e suas consequências.
Confira o trailer do filme
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