A ideia é antiga, mas continua a reverberar intensamente em Brasília. Equipes responsáveis por curtas, clipes e documentários tentam se financiar com a contribuição de internautas. É, basicamente, uma ;vaquinha; para concretizar projetos, mas o nome beira a pretensioso: crowdfunding. Do inglês financiamendo (funding) de multidão (crowd), o modelo está consolidado em diversas áreas, incluindo dança, teatro e, principalmente, produções cinematográficas.
O crowdfunding permite que, a cada contribuição, o doador receba uma contrapartida. Pode ser um DVD, no caso de um filme, ou um até um show particular, no caso de uma banda, levando-se em conta, claro, o tamanho da doação.
O Kickstarter ; site norte-americando de crowdfunding ; arrecadou US$ 99 milhões em projetos em 2011 e teve, no mesmo ano, 35% dos seus projetos em vídeo e apenas 1% em dança. Os segmentos artísticos mais populares têm, naturalmente, um número maior de ações inscritas e de contribuições.
A artista plástica Clarice Gonçalves, por exemplo, foi selecionada, no fim do ano passado, para a feira Solo Art Fair e teria que juntar, por meio de crowdfunding, R$ 25 mil para participar do evento, em que cada artista teria um stand. Nenhum dos artistas escolhidos, porém, conseguiram arrecadar a quantia no tempo determinado.
Entretanto, as produções de vídeo de Brasília que vêm utilizando o formato têm sido bem-sucedidas. O projeto de arrecadação para o brasiliense Palhaços Triste, um piloto de série baseado nos quadrinhos de Gabriel Mesquita, pedia R$ 10 mil e conseguiu arrecadar pouco mais de R$ 13 mil em setembro de 2012. Tudo isso por meio do site de crowdfunding Catarse.