Agência France-Presse
postado em 26/05/2013 17:25
Cannes, França - O diretor Abdellatif Kechiche e suas duas atrizes Ad;le Exarchopoulos e Léa Seydoux foram agraciados neste domingo (26/5) com a Palma de Ouro do 66; Festival de Cannes pelo filme francês "A vida de Ad;le".
As atrizes, aos prantos, e o diretor foram longamente ovacionados por esse filme que conta uma história de amor ardente entre duas mulheres. "Nós nos sentimos privilegiados de assistir a esse filme, e não incomodados (...) É a história de um amor profundo, magnífico. O diretor usou uma narrativa ousada. Ficamos encantados com o filme, com as atrizes formidáveis. O diretor permitiu que as personagens realmente ganhassem vida", declarou Steven Spielberg durante a entrevista coletiva à imprensa após a cerimônia de encerramento.
Perguntado a respeito de eventuais dificuldades que o filme poderá encontrar em alguns países e nos estados americanos mais conservadores, o presidente do júri ressaltou que "esse critério não contou", elogiando o diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche por "ter tido a coragem de contar essa história".
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Steven Spielberg se disse certo de que "A Vida de Ad;le" terá "um grande público e uma bela recepção nos Estados Unidos". "Não é a política que nos influenciou, mas o filme", frisou ainda o americano no mesmo dia que em Paris uma grande manifestação contra o casamento homossexual era realizada.
A obra de Kechiche, na qual a jovem Ad;le Exarchopoulos, até agora quase desconhecida, divide a tela com Léa Seydoux, contém fortes cenas de sexo entre mulheres, que revelam, no entanto, uma bela história de amor.
Ad;le (Ad;le Exarchopoulos), uma estudante de 15 anos, se envolve com homens até conhecer Emma (Léa Seydoux), uma jovem de cabelos azuis, estudante de Belas Artes. Com ela, Ad;le vai descobrir o desejo e a paixão, aprende a se conhecer e a se tornar mulher.
O longa-metragem, abrilhantado pelas grandes atuações das duas jovens atrizes, seduziu este ano o júri de Cannes, presidido pelo mago de Hollywood, que contou com estrelas do porte de Nicole Kidman, Daniel Auteuil e Christoph Waltz.
Nas outras premiações da noite, os prêmios para as melhores interpretações masculina e feminina ficaram com o americano Bruce Dern, de 76 anos, por sua atuação como um velho amargo em "Nebraska", do diretor Alexander Payne, e com a franco-argentina Bérénice Bejo, de 36, por seu papel de uma mãe destroçada em "Le Passé", do iraniano Asghar Farhadi.
Bejo e Farhadi ficaram mais conhecidos durante o Oscar em 2012, quando ela arrancou aplausos por sua atuação no grande vencedor da cerimônia "O Artista", de Michel Hazanavicius, e ele conquistou a crítica americana com "A Separação", premiado como melhor produção estrangeira.
O Grande Prêmio foi concedido aos irmãos Coen, por sua obra "Inside Llewyn Davis", um filme nostálgico e engraçado sobre o Greenwich Village de 1961 e a música folk que começava a fazer sucesso.
Nesse filme com toques de humor no qual a música ocupa um lugar central com canções interpretadas ao vivo, a estrela em ascensão do cinema americano, Oscar Isaac, se revela um bom músico e cantor de folk, com destaque também para o ;pop star; Justin Timberlake, seu amigo no filme.
O júri desta tradicional celebração do cinema na Croisette premiou o mexicano Amat Escalante, de "Heli", como melhor diretor. Seu filme mostra sem pudores os estragos causados pela corrupção e pelo narcotráfico no México.
O prêmio do Júri foi para o diretor japonês Hirokazu Kore-Eda por "Like father, like son", e o chinês Jia Zhangke recebeu o de melhor roteiro por "A touch of sin".
Lista dos premiados do 66; Festival de cinema de Cannes:
- Palma de Ouro (coletiva): Abdellatif Kechiche (diretor), Ad;le Exarchopoulos e Léa Seydoux (protagonistas) por "A vida de Ad;le";
- Grande Prêmio : "Inside Llewyn Davis", de Joel e Ethan Coen
- Prêmio de interpretação feminina: Bérénice Bejo por seu papel em "Le passé";
- Prêmio de interpretação masculina: Bruce Dern por seu papel em "Nebraska";
- Prêmio de melhor diretor: Amat Escalante por "Heli";
- Prêmio de melhor roteiro: Jia Zhangke por "Tian Zhu Ding" ("A touch of sin");
- Prêmio do Júri: "Like Father Like Son", de Hirokazu Koreeda;
- Câmera de Ouro: "Ilo ilo", de Antony Chen (Cingapura);
- Palma de Ouro de curta-metragem: "Safe" de Byoung-Gon Moon (Coreia do Sul)
As atrizes, aos prantos, e o diretor foram longamente ovacionados por esse filme que conta uma história de amor ardente entre duas mulheres. "Nós nos sentimos privilegiados de assistir a esse filme, e não incomodados (...) É a história de um amor profundo, magnífico. O diretor usou uma narrativa ousada. Ficamos encantados com o filme, com as atrizes formidáveis. O diretor permitiu que as personagens realmente ganhassem vida", declarou Steven Spielberg durante a entrevista coletiva à imprensa após a cerimônia de encerramento.
Perguntado a respeito de eventuais dificuldades que o filme poderá encontrar em alguns países e nos estados americanos mais conservadores, o presidente do júri ressaltou que "esse critério não contou", elogiando o diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche por "ter tido a coragem de contar essa história".
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Steven Spielberg se disse certo de que "A Vida de Ad;le" terá "um grande público e uma bela recepção nos Estados Unidos". "Não é a política que nos influenciou, mas o filme", frisou ainda o americano no mesmo dia que em Paris uma grande manifestação contra o casamento homossexual era realizada.
A obra de Kechiche, na qual a jovem Ad;le Exarchopoulos, até agora quase desconhecida, divide a tela com Léa Seydoux, contém fortes cenas de sexo entre mulheres, que revelam, no entanto, uma bela história de amor.
Ad;le (Ad;le Exarchopoulos), uma estudante de 15 anos, se envolve com homens até conhecer Emma (Léa Seydoux), uma jovem de cabelos azuis, estudante de Belas Artes. Com ela, Ad;le vai descobrir o desejo e a paixão, aprende a se conhecer e a se tornar mulher.
O longa-metragem, abrilhantado pelas grandes atuações das duas jovens atrizes, seduziu este ano o júri de Cannes, presidido pelo mago de Hollywood, que contou com estrelas do porte de Nicole Kidman, Daniel Auteuil e Christoph Waltz.
Nas outras premiações da noite, os prêmios para as melhores interpretações masculina e feminina ficaram com o americano Bruce Dern, de 76 anos, por sua atuação como um velho amargo em "Nebraska", do diretor Alexander Payne, e com a franco-argentina Bérénice Bejo, de 36, por seu papel de uma mãe destroçada em "Le Passé", do iraniano Asghar Farhadi.
Bejo e Farhadi ficaram mais conhecidos durante o Oscar em 2012, quando ela arrancou aplausos por sua atuação no grande vencedor da cerimônia "O Artista", de Michel Hazanavicius, e ele conquistou a crítica americana com "A Separação", premiado como melhor produção estrangeira.
O Grande Prêmio foi concedido aos irmãos Coen, por sua obra "Inside Llewyn Davis", um filme nostálgico e engraçado sobre o Greenwich Village de 1961 e a música folk que começava a fazer sucesso.
Nesse filme com toques de humor no qual a música ocupa um lugar central com canções interpretadas ao vivo, a estrela em ascensão do cinema americano, Oscar Isaac, se revela um bom músico e cantor de folk, com destaque também para o ;pop star; Justin Timberlake, seu amigo no filme.
O júri desta tradicional celebração do cinema na Croisette premiou o mexicano Amat Escalante, de "Heli", como melhor diretor. Seu filme mostra sem pudores os estragos causados pela corrupção e pelo narcotráfico no México.
O prêmio do Júri foi para o diretor japonês Hirokazu Kore-Eda por "Like father, like son", e o chinês Jia Zhangke recebeu o de melhor roteiro por "A touch of sin".
Lista dos premiados do 66; Festival de cinema de Cannes:
- Palma de Ouro (coletiva): Abdellatif Kechiche (diretor), Ad;le Exarchopoulos e Léa Seydoux (protagonistas) por "A vida de Ad;le";
- Grande Prêmio : "Inside Llewyn Davis", de Joel e Ethan Coen
- Prêmio de interpretação feminina: Bérénice Bejo por seu papel em "Le passé";
- Prêmio de interpretação masculina: Bruce Dern por seu papel em "Nebraska";
- Prêmio de melhor diretor: Amat Escalante por "Heli";
- Prêmio de melhor roteiro: Jia Zhangke por "Tian Zhu Ding" ("A touch of sin");
- Prêmio do Júri: "Like Father Like Son", de Hirokazu Koreeda;
- Câmera de Ouro: "Ilo ilo", de Antony Chen (Cingapura);
- Palma de Ouro de curta-metragem: "Safe" de Byoung-Gon Moon (Coreia do Sul)