postado em 30/05/2013 06:00
Quando tinha 12 anos de idade, Cipriano rascunhou as primeiras rimas de rap. O projeto não foi para frente e ele resolveu se dedicar à segunda paixão: o basquete. Porém, a música sempre esteve na alma do atleta, e em 2003 ele voltou a cantar, por influência dos amigos, em Riberão Preto. Dez anos mais tarde, já como pivô do time de basquete de Brasília, o MC jogador coroa essa trajetória com o DVD Música Negra Brasileira (MNB), que mistura elementos de samba, rock, jazz e soul, compondo ;um trabalho altamente candango;, como define o próprio artista.
Paulista de Santo Amaro, este atleta de dois metros de altura cresceu dentro do mundo musical. ;Quando eu era criança, meu playground eram os intrumentos: pandeiro, violão; Eu brincava com tudo isso. O basquete só surgiu na minha vida muito depois;, conta Cipriano. Grande parte dessa influência veio do avô, o trompetista Paulinho Astronauta, que o apresentou a artistas como Elis Regina, Alcione, Stevie Wonder, Marvin Gaye e Ray Charles.
Confira entrevista com Cipriano
Qual a ligação do DVD com a capital?
O trabalho representa Brasília, com verba e colaborações daqui. A cidade tem muita variedade musical, uma cultura vasta. Daqui sai o reggae, daqui sai o rock. É um cidade que se mantém em termos culturais e esportivos.
Ser jogador ajuda nesse projeto?
Com certeza. Desperta a curiosidade das pessoas, que querem ir lá ver. Porém, também existe um preconceito. Tipo quando um ator quer virar cantor. As pessoas não sabem que minha formação é toda musical. Isso é bom porque, quando elas ouvem meu trabalho, ficam surpresas, abrem a mente. Aceitam a música como é de fato!
Como conciliar as duas rotinas?
Nos intervalos. A gente treina das 9h até 12h, depois das 17h até 19h. Tem um intervalo grande. No tempo que neguinho dorme, tá jogando videogame, eu estou trabalhando, cantando, estudando música, aprimorando meu conhecimento, lendo um livro. A música está em todo lugar, nas conversas. A composição nasce disso.