Diversão e Arte

Filmes de terror espantam e fascinam os espectadores dos cinemas

Medroso ou corajoso, ninguém desgruda da cadeira (ou do sofá)

postado em 01/06/2013 09:00
Fernanda e Felipe (E) morrem de medo dos filmes de terror; Rafael e Thais adoram a tensão

O impacto do perigo, por meio do qual a audiência se sensibiliza e/ou entristece;. Assim está elucidado o gênero suspense na obra Poética, de Aristóteles. Claro que o filósofo grego referia-se à literatura. Aristóteles não teve a chance de sentar em uma sala de cinema (ou na de casa mesmo) e experimentar um paradoxo provocado especialmente pelos filmes. Talvez por isso, cá entre nós, a definição seja até relativamente branda.

Medo, supostamente, não é o melhor dos sentimentos. Evitá-lo é tarefa diária. Ainda assim, exerce um latente fascínio sobre os amantes da sétima arte. São milhões pelo planeta que ;adoram tomar sustos;. No que depender de Aristóteles, não há quem seja valente o suficiente para enfrentar duas horas de apreensão estático. O pensador grego mesmo teria berrado a cada sobressalto do enredo. Afinal, ;excesso de coragem é temeridade. Um vício;, ensinou. Atraídos ou alienados pelo medo, muitos acabam ;viciados; nas fitas cujo propósito maior (ou único) é assustar.



Se a indústria do terror dependesse exclusivamente do estudante Felipe Ribeiro, ela já estaria só produzindo desenhos animados. Felipe detesta tais filmes. O ;trauma; inicial se deu aos 11 anos, quando resolveu assistir ao thriller O chamado (2002): ;Fui deitar. Não tinha ninguém em casa. Meia hora depois, o telefone toca! Pânico! Pânico! Não fui atender por nada;, conta, hoje aos risos.

Medroso ou corajoso, ninguém desgruda da cadeira (ou do sofá)

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