Com a Sala Villa Lobos com apenas metade das cadeiras ocupadas, sem tapete vermelho, pompa e glamour, a segunda edição do Brasília International Film Festival, o Biff, começou esta noite com a exibição de Uma primavera com a minha mãe, com a protagonista Hél;ne Vincent, homenageada do festival, no público.
A atriz francesa foi chamada ao palco para homenagem precedida de um clipe em francês com cenas de seus filmes sem legenda. Parte do público reclamou do clipe com áudio sem tradução para o português. Hél;ne agradeceu a plateia. "Estou muito feliz de estar aqui apresentando um filme feito com muita paixão e com muita paciência. Acho que a história tocará a todos", disse a atriz, que também demonstrou preocupação política: "nesse momento delicado em que vivemos, espero que os governos não se esqueçam da importância da cultura."
O diretor geral do Biff, Nilson Carvalho, falou em seguida e afirmou que o festival é um projeto ousado. "Queremos firmar o Biff como um dos principais festivais internacionais de cinema na América Latina. Enfrentamos um período delicado para a cultura e fazer um evento desses é muito difícil", disse.
Hamilton Pereira, secretario de Cultura do DF, ressaltou a importância da cultura como projeto de governo. "A cultura no Brasil perdeu a centralidade e é preciso de cultura para que haja o desenvolvimento do país", disse.
O Biff vai até o dia 23 de junho com exibições no Cine Cultura Liberty Mall e no Museu da República.
Assista a entrevista com o diretor-geral do Biff, Nilson Rodrigues
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