Diversão e Arte

Estreia de Juan Carlos Maneglia torna-se maior êxito do cinema paraguaio

O longa "Sete caixas paraguayas" foi o grande vencedor do BIFF

Ricardo Daehn
postado em 24/06/2013 09:20

Cena de 7 caixas paraguayas: orçamento apertado e participação popular

No ano passado, um cartaz recorrente nas barracas da mais emblemática feira do Paraguai, o Mercado 4, registrava: ;Não insista: não temos 7 caixas paraguayas!”. ;Foi estranho. Em sete meses, não vimos cópias piratas do filme, e isso porque, infelizmente, somos muito conhecidos pela pirataria. Nesse mercado, dá até para conseguir o último filme do Almodóvar;, observa Juan Carlos Maneglia, codiretor do maior êxito do cinema paraguaio.

[SAIBAMAIS]Presente no 2; Festival Internacional de Cinema de Brasília (Biff), Maneglia observa que Titanic havia sido, até então, a fita mais rentável naquele país, com 150 mil espectadores. ;Fizemos 330 mil espectadores e competimos com Batman. Houve momentos em que, de seis salas de complexo de cinema, cinco apresentavam 7 caixas paraguayas. Foi uma realidade que durou mais de cinco meses;, conta o cineasta.



Uma carga suspeita, levada a peso de ouro (na perspectiva de um jovem carreteiro), move toda a trama da fita registrada em 44 dias. ;Filmávamos das 22h às 10h, com orçamento muito apertado. Uma loucura, já que o mercado era incontrolável, quanto à luz e ao som. As pessoas ouvem música alta, falam, gritam. No megafone, dizíamos: ;Não olhem para a câmera;, mas era pior. Queria um filme popular, feito para os paraguaios. Apostei nas nossas idiossincrasias, no nosso senso de humor;, comenta Maneglia, parceiro de Tana Schémbori na realização do filme.

O longa

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