Nahima Maciel
postado em 07/07/2013 11:27
Pela primeira vez, o Prêmio Pipa chega à final com quatro finalistas dedicados à pintura. Um dos prêmios de arte contemporânea mais democráticos da última década, o Pipa celebra a quarta edição com uma coleção de situações inéditas. É a primeira vez que um artista de Brasília está na final. Formada pela Universidade de Brasília (UnB) e jovem promessa da pintura brasiliense, Camila Soato, 27 anos, ficou surpresa quando soube que estava entre os indicados.O Pipa funciona por um sistema generoso de indicações. Um conselho formado por quatro membros permanentes e três convidados seleciona cinco galeristas, cinco curadores, cinco críticos e cinco artistas, num total de 32 nomes. Cada um deles vira indicador e aponta três artistas, cujas carreiras devem ter menos de 10 anos. Desse total, a comissão seleciona quatro finalistas, que serão avaliados por um júri e cujos nomes serão revelados em outubro. O vencedor ganha um prêmio de R$ 100. Um quarto desse valor é obrigatoriamente destinado a um programa de residência no exterior. Mais duas votações completam o Pipa. Uma por meio da internet, aberta ao público, que dá R$ 10 mil de prêmio, e outra durante a exposição das obras dos quatro finalistas, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em setembro, com prêmio de R$ 25 mil.
;Além disso, todo ano fazemos um catálogo com todos os indicados;, explica Carlos Alberto Chateaubriand, presidente do MAM. Ele observa, com satisfação, o fato de os finalistas serem pintores. ;Acho que a pintura estava um pouco esquecida, principalmente pelos artistas jovens. Isso mostra uma volta interessante da pintura. Em 2012, não havia nenhum finalista entre os pintores.;